Em júri, réu por matar a namorada a facadas se diz arrependido
Mulher de 31 anos foi morta com várias facadas em janeiro deste ano no bairro Jardim São Conrado
Bruno Mendes de Oliveira, 29, é julgado nesta segunda-feira (24) pelo Tribunal do Júri em Campo Grande. Ele responde pelo crime de feminicídio, acusado de ter matado a facadas a namorada Katiuce Arguelho dos Santos, 31 anos, em janeiro deste ano. Ouvido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, Bruno declarou “estar arrependido”.
Ele afirmou “esperar que a Justiça seja feita”. Bruno também declarou que assassinou a namorada, não prestou socorro e fugiu. Perante o Júri, ele afirmou ter ficado escondido por seis dias.
No dia do crime, 22 de janeiro, ele afirma ter ligado diversas vezes para a vítima, pedindo que ela fosse até a casa dele, no bairro Jardim São Conrado. Quando ela chegou na residência, ele distraiu um dos filhos da namorada com um celular e disse para a criança ir brincar na casa da avó.
Conforme declarou, depois de “pressioná-la”, ela afirmou que estava com o ex-marido. “Ela nunca falou que não queria ficar comigo, discutimos porque ela demorou para chegar e não atendia. Quando eu pressionei ela contou eu fiquei fora de mim, perdi a razão, quando dei por mim ela já estava no chão e entrei em desespero”, afirmou.
Ao Júri, ele disse ter utilizado um facão para assassinar a namorada e desferiu mais de 18 golpes, no pescoço, nos seios e nos braços.
Crime - Conforme a Polícia Civil, no corpo da vítima foram encontrados seis ferimentos no braço direito, nove no esquerdo, dois no pescoço e um nas costas. A mulher foi localizada caída de barriga para baixo na sala da residência do namorado. Ela deixou seis filhos. A idade das crianças não foi informada.
Segundo informação de familiares de Katiuce à polícia, a vítima foi a casa de Bruno para contar que havia reatado com o ex-marido. Às 18h18 do dia do crime, segundo a irmã, a vítima respondeu por WhatsApp a última mensagem para o ex dizendo que não iria para o mercado com ele. Estima-se que o crime ocorreu por volta das 18h30.
O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga e foi investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).