Empregadas que mataram pecuarista são condenadas
Lucimara da Rosa das Neves, governanta da casa da vítima, pegou a pena maior, de 28 anos de prisão
Os três acusados de matar asfixiada a pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, em latrocínio (roubo seguido de morte), no dia 28 de julho do ano passado, foram condenados pela 5ª Vara Criminal de Campo Grande. Na época, os autores foram presos pela Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).
Acusada de ter tramado o crime, Lucimara da Rosa das Neves, governanta da casa de Andreia, pegou a pena maior. Ela foi condenada a 28 anos de prisão, a filha dela, Jéssica Neves Antunes, a 24 anos, e Pedro Benhur Ciardulo a 20 anos. Os três vão cumprir pena em regime fechado.
Na ocasião, ao ser preso, Pedro Benhur, cunhado de Lucimara, afirmou que o objetivo era arrancar R$ 50 mil da vítima. Ele apontou para a polícia onde havia escondido uma caixa de som e um notebook, bens que roubou da casa. A pecuarista foi assassinada no condomínio onde morava.
De família tradicional de Ponta Porã e dona de vasto patrimônio, Andreia foi encontrada morta em casa, num condomínio da Chácara Cachoeira. Primeiro, mãe e filha, funcionárias da pecuarista, relataram versão fantasiosa de que foram rendidas após compras num atacadista da Rua Marquês de Lavradio, Jardim São Lourenço, e forçadas a entrar no condomínio.
Durante o crime, teriam permanecido amarradas e Lucimara ainda foi obrigada a dar fuga para os assaltantes, levando-os até o Bairro Tiradentes. A versão caiu por terra horas depois, quando as câmeras do atacadista mostraram o homem entrando no Jeep, de propriedade de Andreia, enquanto as funcionárias guardavam as compras.