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Capital

Empreiteiro chega escondido à PF para se entregar e ficará em presídio

Alberto Dias e Mara Riveiros | 08/07/2016 10:56
Amorim segue no banco de trás para fazer exame de corpo delito. (Foto: Marina Pacheco)
Amorim segue no banco de trás para fazer exame de corpo delito. (Foto: Marina Pacheco)

Foragido desde ontem, quando foi deflagrada a terceira fase da operação Lama Asfáltica, João Amorim se apresentou na manhã desta sexta-feira (8) à Polícia Federal em Campo Grande. Escondido, o empresário chegou em carro particular e não entrou pela porta da frente.

Já preso, Amorim seguiu em uma viatura da PF para fazer exames de corpo de delito, no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). À tarde, deve ir para o Centro de Triagem, onde já esteve preso entre maio e junho deste ano. No local, ficará na cela 17, junto com o ex-secretário de obras, Edson Giroto, e o empresário Flávio Scrocchio, presos na mesma operação, entre outros detentos.

O delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Cléo Mazzotti, informou que a venda por quase R$ 2 milhões de aviãoda empresa ASE Participações, que tem Amorim como sócio, caracteriza dilapidação de patrimônio. Segundo ele, isso gera novo processo e uma nova ação penal. Já as provas colhidas nas duas fases anteriores da Operação Lama Asfáltica eram "provas cabais e que agora dependem do entendimento da justiça".

Histórico - Ontem, Mazzotti informou que havia negociação para que o empresário se entregasse. Dono da Proteco Construções e apontado como um dos líderes do esquema para fraudar obras públicas, Amorim estava na capital de São Paulo. 

Na terceira fase da operação, batizada de Aviões de Lama, foram presos Edson Giroto (ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal) e o cunhado Flávio Henrique Garcia Scrocchio (empresário apontado como “testa de ferro” de Giroto).

O ex-secretário foi preso em casa, no residencial de luxo Dahma, em Campo Grande. Já Flávio foi apresentado na superintendência da PF pela defesa.

Ontem, o advogado Valeriano Fontoura informou que vai verificar se há irregularidade entre a nova prisão em relação a um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal), que colocou Giroto e o cunhado em liberdade no último dia 22 de junho.


* Matéria editada às 12:00 para acréscimo de novas informações sobre o caso.

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