Empresa ignora determinação e não refaz obra de anel rodoviário
Cobrada desde janeiro pela Prefeitura de Campo Grande, a empresa Anfer não refez o asfalto no anel rodoviário, saída para Rochedo. Agora, tem prazo para refazer a obras em 30 dias. Caso contrário, o contrato pode ser rescindido e a segunda colocada assume os trabalhos.
“Até hoje não fizeram. Alegaram que estava chovendo muito. Depois, parou a chuva, mas não fizeram”, afirma o titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz.
De acordo com ele, o trecho mais crítico é de 900 metros, onde toda capa asfáltica será retirada. Ao custo de R$ 17 milhões, a obra totalizou sete quilômetros de asfalto, dos quais dois apresentam buracos e esfarelam. A reexecução será custeada pela empresa. Se o contrato for rescindido, o poder público utiliza dinheiro depositado como caução pela Anfer.
A nova etapa da obra, orçada em R$ 17 milhões, só será liberada quando o trecho em questão for refeito. “É uma decisão da Prefeitura, porque o Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte] não vai aceitar”, salienta. A expectativa é que os recursos sejam liberados no próximo mês, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) vem a Campo Grande.
A conclusão do macroanel, ligando Rochedinho à BR-163, também depende de desapropriação de áreas em 15 propriedades rurais, incluindo terreno da Embrapa. “São vários pequenos produtores, estamos fazendo a negociação”, diz o secretário.
O Poder Executivo tem a prerrogativa de desapropriar por interesse público. Ou seja, assumir a posse de determinado imóvel ou terreno e pagar o valor que considerar justo ao proprietário. Quem não concordar, pode questionar o valor na Justiça. O Campo Grande News tentou, sem sucesso contato com a Anfer por telefone.