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Capital

Enfermagem e administrativos da Santa Casa cruzam os braços

Sem salário, categorias mantêm apenas 30% do atendimento no maior hospital de MS

Aline dos Santos e Marcus Moura | 08/08/2017 08:22
Santa Casa amanheceu com faixas de protesto e e paralisação de duas categorias. (Foto: Marcus Moura)
Santa Casa amanheceu com faixas de protesto e e paralisação de duas categorias. (Foto: Marcus Moura)

Com restrição de atendimento desde a semana passada, a Santa Casa amanheceu nesta terça-feira (dia 8) com mais um problema: trabalhadores administrativos e profissionais de enfermagem cruzaram os braços. A categorias mantêm apenas 30% do atendimento.

Presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem), Lázaro Santana afirma que a enfermagem tem 1.400 funcionários, sendo 450 por plantão.

Segundo ele, houve reunião com o setor de finanças do hospital e foi alegado falta de dinheiro para o pagamento do salário dos funcionários. Durante discurso para a categoria, reunida na porta da Santa Casa, Lázaro reclamou que eles ficam no fogo cruzado entre a prefeitura e o hospital.

De acordo com o presidente do SintSaúde (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Sáude), Osmar Gussi, cerca de 500 administrativos paralisaram as atividades porque não receberam o salário de julho.

“Depositou o pagamento, acabou o movimento. São trabalhadores que dependem único e exclusivamente do salário para sobreviver e sustentar suas famílias, não dá para trabalhar de graça”, afirma Gussi. Os profissionais atuam no setor administrativo, como recepção do hospital. A Santa Casa informa que aguarda posicionamento da prefeitura.

O hospital recebe repasse mensal de R$ 20,2 milhões da prefeitura e, num novo contrato, solicitou reajuste para R$ 23 milhões. Contudo, o poder público não aumentou o valor, sob compromisso de reduzir a demanda de atendimento em 30%.

Desde quarta-feira (dia 2), uma faixa informando superlotação e falta de vagas foi colocada no portão em frente ao hospital. O portão foi instalado em maio deste ano, para que somente pacientes regulados ou casos urgentes fossem atendidos. Com a estratégia para que o Pronto-Socorro deixasse de ser um “postão”, o nome do serviço foi alterado para “Urgência e Emergência”.

A restrição no atendimento tem rendido polêmica. Segundo o prefeito Marquinhos Trad (PSD), a direção da unidade pressiona para ter mais dinheiro. A Santa Casa é o maior hospital do Estado, com atendimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), plano de saúde e particular.

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