Entidades reforçam em documento pedido de lockdown na Capital
Representantes do grupo entregaram o documento ao defensor-público geral, Fábio Rombi
Um grupo formado por associações, conselhos e movimentos sociais foram até a Defensoria Pública, nesta manhã (07), entregar um abaixo-assinado pedindo a adoção do “lockdown” em Campo Grande. Eles justificam que a medida é necessária devido o aumento de casos e mortes de covid-19, assim como lotação dos leitos na cidade.
“Só nos resta tomar esta medida neste momento (lockdown), porque já estamos com quase todos os leitos ocupados na cidade e se não tiver esta providência, vai aumentar as mortes pela doença na cidade nas próximas semanas”, disse uma das representantes do grupo, Estela Scandola.
A carta foi entregue por integrantes do grupo ao Defensor Público-Geral do Estado, Fábio Rombi, em seu gabinete. Segundo a organização, eles também vão repassar a solicitação ainda hoje (07) ao prefeito Marquinhos Trad (PSD).
A carta entregue pelo grupo defende a adoção de “lockdown” na cidade, com o fechamento do comércio, além da redução de horário dos serviços essenciais, em exceção as unidades d saúde. “O essencial agora é menos gente contaminada”, diz o texto.
O grupo também pede que Ministério Público e classe política (vereadores, deputados e senadores) se manifestem sobre o tema. “Faz tempo que várias organizações estão conversando sobre o cenário da pandemia na cidade e resolvemos tomar esta atitude devido o aumento de mortes e a grande contaminação de profissionais da saúde”.
Fazem parte deste pedido a ABEN-MS (Associação Brasileira de Enfermagem), ADJC-MS (Associação dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania), Aduems (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de MS), Cufa-MS (Central Única das Favelas), CUT (Central Única dos Trabalhadores), CRB (Conselho Regional de Biologia), entre outros.
Lockdown – O assunto entrou na pauta após a Defensoria Pública pedir na Justiça a adoção do “lockdown” em Campo Grande, em função do aumento de casos e mortes de covid-19, com lotação de leitos na cidade.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) rebateu dizendo que o problema “não é o comércio” e que além das medidas de biossegurança, toque de recolher e regras para as atividades, está sendo ampliado os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no município, além da realização de blitz, para reduzir a ocupação de leitos em função de acidentes.
A questão será discutida hoje (07), a partir das 13h30, em audiência de conciliação proposta pelo juiz Henrique Neiva de Carvalho, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande. Para a reunião, foram convocados representantes da prefeitura, da Defensoria, Ministério Público e Junta Comercial.