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Capital

Envolvido em racha com morte tem 2º pedido de liberdade negado

Desembargador entendeu que não cabe liberdade provisória no caso, mesmo que o acusado seja réu primário

Lucia Morel | 21/04/2022 09:58
Carro bateu em poste na madrugada de sábado, 16 de abril. (Foto: Kísie Ainoã)
Carro bateu em poste na madrugada de sábado, 16 de abril. (Foto: Kísie Ainoã)

O enfermeiro Willian Góes Abbade, 36 anos, teve o segundo pedido de liberdade negado nesta semana. O desembargador da 3ª Câmara Criminal, Luiz Claudio Bonassini da Silva entendeu que não cabe liberdade provisória no caso, mesmo que o acusado seja réu primário.

Em decisão de ontem, o magistrado sustentou que “cabe ressaltar que embora as condições pessoais favoráveis, estas por si sós, não tem o condão de revogar a prisão cautelar” e que não tem havido “a presença de qualquer constrangimento ilegal”, que é o que poderia garantir o habeas corpus.

No pedido, o advogado de defesa, Waldir Ferreira da Silva Filho, expôs que “trata-se de paciente primário, com endereço fixo, e emprego licito, demonstrando efetivamente que não há risco de que em liberdade irá empreender fuga, furtando-se da futura aplicação da lei penal”.

Cita ainda que o enfermeiro está em estado grave, respirando com ajuda de aparelhos e trauma que pode ocasionar sequelas. Assim, o pedido versava para adoção de medidas cautelares como tornoze

O enfermeiro Willian Góes Abbade, 36 anos. (Foto: Redes sociais)
O enfermeiro Willian Góes Abbade, 36 anos. (Foto: Redes sociais)

leira eletrônica ou prisão domiciliar. “Diante do quadro de saúde do paciente, necessária se faz a substituição da prisão preventiva em prisão domiciliar, para que este tenha adequado tratamento médico”.

Caso – O acidente aconteceu por volta das 4h30, na Avenida Júlio de Castilho. Testemunha relatou à Polícia Civil que o condutor do Ford Ka dirigia em alta velocidade e estaria disputando racha.

No Ford Ka, estavam o condutor, William Goes Abbade; Loraine Fernandes Marçal, 23 anos, estava no banco do passageiro e, atrás, estavam Jheyson Viturino Martins, 19 anos, Matheus da Silva Alves, 19 anos, Aline da Silva Xavier, 24 anos, Andréia da Silva Xavier, 33, e Roberta da Costa Coelho.

O racha foi confirmado por um dos sobreviventes do acidente, em depoimento preliminar dado à Polícia Civil. O velocímetro do carro parou em 105 km/h. Dos feridos, três permanecem internados: William, ainda em estado grave, e as irmãs Aline e Andreia, que estão fora de risco.

Uma testemunha entrou em contato com a Polícia Civil e disse ter presenciado os dois condutores disputando racha e conseguiu anotar a placa do Gol. A polícia já identificou o proprietário do veículo. O delegado disse que este condutor também será indiciado, em flagrante, por participar do racha.

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