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Capital

Justiça mantém prisão de condutor envolvido em racha com morte em avenida

O enfermeiro William Goes Abbade, 36 anos, está internado em estado grave na Santa Casa

Silvia Frias | 18/04/2022 11:49
Carro ficou completamente destruído em colisão com poste. (Foto: Kísie Ainoã)
Carro ficou completamente destruído em colisão com poste. (Foto: Kísie Ainoã)

A Justiça de Campo Grande converteu a prisão em flagrante do enfermeiro William Goes Abbade, 36 anos, condutor do carro que teria se envolvido em racha na Avenida Júlio de Castilho, no Jardim Panamá, em Campo Grande. A defesa tentou alegar "falta de comoção social" para tentar reverter detenção.

O acidente aconteceu no sábado (16), por volta das 4h30. Sem controle, o carro bateu violentamente em poste de energia elétrica. Além do condutor, outras cinco pessoas ficaram feridas e uma morreu: Roberta da Costa Coelho, 25 anos.

Desde o acidente, Abbade está internado em estado grave na Santa Casa, sob escolta policial. Mesmo assim, foi submetido a audiência de custódia em Campo Grande.

O enfermeiro foi indiciado, preliminarmente, por homicídio doloso, por conduzir sob influência de álcool e por participar de corrida, disputa ou competição de corrida em via pública.

William Goes Abbade conduzia carro que estaria envolvido em racha. (Foto: Divulgação)
William Goes Abbade conduzia carro que estaria envolvido em racha. (Foto: Divulgação)

Na tentativa de evitar a prisão preventiva, o advogado Waldir Ferreira da Silva Filho justificou o pedido de liberdade alegando que não houve comoção social, nem repercussão econômica para justificar a manutenção da prisão.

Ainda conforme a defesa, o seu cliente é primário, sem qualquer antecedente, tem endereço fixo e emprego lícito. Caso não fosse concedida a liberdade, que fosse revertida em prisão domiciliar.

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, no entanto, levou em conta a embriaguez e o relato de disputa por racha, além de transportar acima da capacidade do carro e a colisão no poste de energia. O enfermeiro colocou em risco "a vida não só das pessoas que encontravam no interior do bem móvel, mas também os demais transeuntes que se encontravam na via pública".

Racha – O acidente aconteceu por volta das 4h30, na Avenida Júlio de Castilho. Testemunha relatou à Polícia Civil que o condutor do Ford Ka dirigia em alta velocidade e estaria disputando racha.

No Ford Ka, estavam o condutor, William Goes Abbade; Loraine Fernandes Marçal, 23 anos, estava no banco do passageiro e, atrás, estavam Jheyson Viturino Martins, 19 anos, Matheus da Silva Alves, 19 anos, Aline da Silva Xavier, 24 anos, Andréia da Silva Xavier, 33, e Roberta da Costa Coelho.

O racha foi confirmado por um dos sobreviventes do acidente, em depoimento preliminar dado à Polícia Civil. O velocímetro do carro parou em 105 km/h.

Dos feridos, três permanecem internados: William, ainda em estado grave, e as irmãs Aline e Andreia, que estão fora de risco.

Uma testemunha entrou em contato com a Polícia Civil e disse ter presenciado os dois condutores disputando racha e conseguiu anotar a placa do Gol. A polícia já identificou o proprietário do veículo.

O delegado disse que este condutor também será indiciado, em flagrante, por participar do racha.

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