Erosão corrói margens do Córrego Prosa e quase chega ao asfalto de avenidas
Ricardo Brandão foi destruída em 2010; risco de deslizamentos de terra também é evidente na Fernando Corrêa
As margens do Córrego Prosa, na Avenida Ricardo Brandão e trecho da Fernando Corrêa da Costa, mais uma vez, foram "corroídas" pela chuva e os deslizamento chegam bem próximos da pista. Pelo menos em quatro trechos, há desbarrancamento de terra e até partes do gabião [tela de metal com pedras] já caídas dentro da água. O problema é antigo, de mais de uma década.
Próximo a Rua Centenário, ainda na Fernando Corrêa da Costa, em frente à antiga Faculdade Estácio de Sá, é possível ver a grama praticamente sumindo com o deslizamento de terra. As grandes pedras usadas na margem estão bem aparentes.
Quase no cruzamento com a Rua Joaquim Murtinho, parte da estrutura já está dentro do córrego, com pedras e arames aparentes. Fora isso, várias outras pedras soltas demonstram o risco de deslizamento.
Já na Ricardo Brandão, na altura do Comper Itanhangá, a situação é ainda mais precária. A erosão já se aproxima do asfalto e não conta com proteção para tentar impedir que pedestres e ciclistas se aproximem.
Em frente à Uniderp, perto da Rua Nova, o desbarracamento também é evidente, com a exposição das raízes das paineiras, árvores que encantam quando estão floridas e "pintam" a avenida de cor-de-rosa.
Na altura da Rua Ceará, o concreto está caindo dentro do córrego. Além disso, parte da contenção já está apresentando oco, sem estrutura na base para firmar o muro.
O pintor de placas, Pedro Ascensio, de 71 anos, diz que presencia o risco da pista ser "engolida" há 34 anos. Desde que comprou a loja onde trabalha, em 1989, o cenário já é visto. “Na época, o córrego era muito pior, quando chovia e ele transbordava, entrava água nas casas. A manutenção que a gente vê eles fazendo é pintura de meio fio, isca para os ratos e corte da grama. A contenção eles não arrumam faz muitos anos. A última vez que deram uma geral, na parte de contenção e dentro dos córregos faz uns 4 anos”, lamentou.
A reportagem entrou em contato com o secretário municipal de obras, Domingos Sahib Neto, que informou que na segunda-feira (19) vai encaminhar uma equipe ao local para fiscalizar. Sahib disse que só depois de se inteirar do problema conversará com o Campo Grande News.
Problema antigo - O risco de desabamentos das margens do córrego perdura mais de uma década. Em 2010, quando Campo Grande passou por forte chuva, trecho da Ricardo Brandão ficou completamente destruído, diante da incapacidade da rede de drenagem escoar a força da enxurrada que veio pelo Córrego Prosa, que passa aos fundos dos dois blocos do Residencial Cachoeirinha.
Depois, em 2016, em frente à Uniderp, a margem do córrego foi novamente corroída pela erosão e quase chegou ao poste de luz instalado na avenida.
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