Erosão em avenida aparenta abandono e até máquina foi deixada no local
Quase um mês após o deslizamento de uma parte da margem do Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, a prefeitura ainda não fez reparos emergenciais e a situação no local neste feriado é de abandono: até uma retroescavadeira foi deixada sobre a grama. Motoristas temem que as chuvas agravem o problema, podendo abrir um imenso buraco no asfalto, como aconteceu em frente ao Guanandizão anos atrás.
O incidente ocorreu durante um temporal no dia 12 de janeiro. Na época, a Águas Guariroba providenciou o conserto da tubulação de esgoto, que havia se rompido. O local foi liberado ao município no dia 14, que até o momento apenas sinalizou o trecho com cavaletes e cones.
Para o Calheiro Claudenir Corrêa, 30 anos, como a cratera está beirando o meio-fio, existe o risco de algum condutor sofrer um acidente no local mesmo com a sinalização. “Quando alguém cair aí dentro, eles tomam alguma providência”, afirma.
Ele acredita que a situação reflete o descaso do poder público para com os cidadãos, que pagam impostos e muitas vezes não vêem o retorno em obras e melhorias na cidade. “É uma falta de respeito”, afirma.
O soldador Alexandre Lopes, 33 anos, diz o mesmo. “É falta de responsabilidade. Todos trabalham para pagar os impostos e não tem retorno nenhum. Eles tampam buraco e no dia seguinte começa a chover e abre um buraco maior ainda”.
Para o trabalhador, existe o risco de novas erosões. “É perigoso chover e desmoronar, cair o maquinário para dentro do córrego”, afirma.
O alinhador Vagner Franzon, 25 anos, acredita ser inevitável o aumento da erosão ao ponto de atingir o asfalto e se repetir a situação do buraco aberto em frente ao Guanandizão. Porém, ele defende a atual administração e culpa gestores passados pela falta de providências na Ernesto Geisel, que por tantas vezes teve projetos de revitalização que não saíram do papel.
“Agora não tem nem como eles mexerem. A chuva não está deixando. Isso aí, na verdade, não é nem culpa do prefeito atual”, calcula.
O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para saber se existe previsão de reparos emergenciais no local, mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno.