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Capital

Escola havia recomendado acompanhamento para jovem que esfaqueou mãe de aluno

Adolescente de 15 anos é aluno da Rede Estadual de Ensino e em março foi feita recomendação à família

Ana Paula Chuva | 19/05/2023 17:01
Facas e marreta apreendidas com o adolescente após ataque. (Foto: Divulgação)
Facas e marreta apreendidas com o adolescente após ataque. (Foto: Divulgação)

A mãe do adolescente de 15 anos, que esfaqueou uma advogada de 45 anos, em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na tarde de quinta-feira (18), já havia sido orientada a procurar atendimento psicológico para o garoto, segundo a SED (Secretaria Estadual de Educação).

De acordo com informação da secretaria, em março deste ano, a escola, onde o aluno estava matriculado, entrou em contato com a mãe do garoto e orientou que a família buscasse a Rede Pública de Saúde para “avaliação e possível acompanhamento psicológico" do adolescente.

Em nota, a pasta afirmou que esse tipo de ação “faz parte do protocolo da Rede Estadual de Ensino, mantendo pais e responsáveis informados sobre as situações observadas nas escolas”. A secretaria não deu detalhes do porquê da recomendação, mas afirmou que a atenção especial seria por questões de comportamento.

O adolescente concluiu o Ensino Fundamental em 2022. Até o final do ano passado, ele estava matriculado na escola onde esfaqueou a mãe que deixava um aluno na aula. Já este ano, o garoto começou o ano letivo em uma escola estadual e, em um mês de aulas, houve a recomendação da unidade escolar.

Adolescente usava uniforme da Rede Estadual de Ensino no momento do ataque. (Foto: Direto das Ruas)
Adolescente usava uniforme da Rede Estadual de Ensino no momento do ataque. (Foto: Direto das Ruas)

Entenda - Uma advogada, de 46 anos, foi esfaqueada no início da tarde desta quinta-feira (18), ao deixar o filho na Escola Municipal Bernardo Franco Baís, localizada na Avenida Calógeras, no Bairro Vila Glória. O autor é um adolescente de aproximadamente 15 anos, ex-aluno da escola, que usava uniforme da Rede Estadual de Ensino.

Ao Campo Grande News, o filho mais velho da mulher disse que foi até o local após ser avisado do incidente. Segundo ele, que prefere não se identificar, a mãe foi atingida na região da lombar e levada para atendimento médico na Santa Casa pelo Corpo de Bombeiros. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dela.

O autor teria se infiltrado no meio dos alunos que entravam na escola. Logo após atingir a advogada, ele foi detido por um agente patrimonial que estava na escola, até a chegada da GCM e da PM (Polícia Militar). De acordo com o tenente Rafael Ribeiro, foram apreendidas com o adolescente quatro facas e uma marreta. Ele foi levado para a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

Os pais de alunos que estavam no local ficaram assustados e decidiram levar as crianças de volta para casa. Alguns chegaram no final da tarde e alegaram não terem sido avisados sobre o acontecimento e que não levariam os filhos para a aula desta sexta. Em nota, a Polícia Civil informou que o adolescente foi apreendido em flagrante por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio.

A corporação afirmou ainda que foi feita perícia no local onde o crime aconteceu e as circunstâncias e motivações ainda estão sendo investigadas. O adolescente foi encaminhada para uma Unei (Unidade Educacional de Internação).

Equipe da Guarda Civil Metropolitana esteve na escola após o ataque. (Foto: Alex Machado)
Equipe da Guarda Civil Metropolitana esteve na escola após o ataque. (Foto: Alex Machado)

Depoimento - O advogado da família do adolescente, Guilherme Cury, afirmou que conversou brevemente com o menino e que ainda não tem detalhes do abuso que o rapaz relata, que teria ocorrido no banheiro da unidade.

"Apenas diz que foi na antiga escola encontrar rapazes que teriam abusado dele". Segundo Cury, agente patrimonial contou que o adolescente estava em surto no momento.

À reportagem do Campo Grande News, o advogado comentou que o cliente passou por depoimento especial ontem. A mãe dele também foi ouvida pela polícia. Ela estava bastante abalada e disse que não poderia falar com a imprensa por estar "com o coração pequenininho".

Mãe do adolescente na entrada do prédio onde fica a Deaij. (Foto: Geniffer Valeriano)
Mãe do adolescente na entrada do prédio onde fica a Deaij. (Foto: Geniffer Valeriano)


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