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Capital

Esposas cobram que presos não sejam “tratados como animais”

Aline dos Santos e Guilherme Henri | 28/04/2016 10:19
Protesto denuncia ação violenta em pente-fino na Máxima. (Foto: Fernando Antunes)
Protesto denuncia ação violenta em pente-fino na Máxima. (Foto: Fernando Antunes)

Esposas de presos fazem protesto na manhã desta quinta-feira (dia 28) em Campo Grande. O grupo, que pretende reunir cem pessoas, vai caminhar da Praça Ary Coelho até o Fórum da Capital. Com fotos de detentos feridos, elas cobram providências sobre o pente-fino realizado no dia 13 de abril no presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima.

“Nossos maridos já estão pagando pelo que fizeram. Não merecem ser tratados como animais. Viemos pedir por Justiça e que providências sejam tomadas”, afirma a vendedora Renata Pinheiro, 30 anos.

No Fórum, será lida a carta de um detento, que relata agressões, banho de sol reduzido e que a comida é servida atrasada e azeda. As denúncias foram encaminhadas à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que vai acompanhar o caso.

Ontem, a Comissão de Direitos Humanos da entidade informou que existem indícios de tortura em alguns detentos. Quatro internos sofreram fratura nos braços e pernas e outro precisou de 15 pontos na cabeça. Após o pente-fino, por ordem emanada da Máxima, ônibus foram incendiados em Campo Grande. Na ocasião, no presídio, foram recolhidos celulares, entorpecentes e anotações da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

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