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Capital

Esquema de placas falsas abastecia o tráfico na fronteira

Segundo a polícia, placas eram idênticas às do Mercosul, mas tinham QR code raspado

Por Dayene Paz e Gabi Cenciarelli | 25/03/2025 15:55
Esquema de placas falsas abastecia o tráfico na fronteira
Carros apreendidos com indícios de adulteração. (Foto: Divulgação)

Investigação da Polícia Civil aponta que mais de 500 placas foram adulteradas por uma empresa estampadora, em Campo Grande, alvo de investigação e operação na manhã desta terça-feira (25). Alguns dos veículos, inclusive, compactuavam com o tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

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A Polícia Civil de Campo Grande investiga uma empresa estampadora que adulterou mais de 500 placas de veículos, algumas usadas no tráfico de drogas na fronteira com o Paraguai. A empresa, localizada no Bairro Monte Líbano, é alvo de uma operação que resultou na prisão do proprietário em Santa Catarina e de outras duas pessoas, uma delas por tráfico, com 300 kg de maconha apreendidos. As placas, idênticas às originais do Mercosul, tinham o QR code raspado. A polícia busca o descredenciamento da empresa junto ao Detran-MS e investiga outras estampadoras na região.

O delegado que está à frente das investigações, Guilherme Sariam, da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos), explicou que a empresa fica no Bairro Monte Líbano. No mesmo imóvel funciona uma garagem de veículos, que não tem ligação com os crimes.

Sobre o caso, o delegado falou em coletiva de imprensa logo no início da tarde desta terça. Explicou que a empresa é investigada há cerca de um ano e meio, tempo este em que podem ter sido confeccionadas mais de 500 placas, segundo a polícia, "idênticas as originais do Mercosul".

Esquema de placas falsas abastecia o tráfico na fronteira
Delegado Guilherme Sariam, durante coletiva de imprensa. (Foto: Osmar Veiga)

Na maioria das vezes, quem encomendava essas placas, eram as próprias pessoas que furtavam ou roubavam os veículos, sendo motos ou carros. "Entravam em contato para fabricação de placa. Esta era visualmente perfeita, mas com QR code raspado para prejudicar leitura", diz o delegado. Depois, essas pessoas ou vendiam esses veículos ou mandavam para a fronteira para carregamento de droga.

O proprietário da empresa, de 22 anos, foi preso hoje em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Além dele, outras duas pessoas foram presas, uma delas em flagrante por tráfico de drogas, já que durante cumprimento de mandados da operação, a polícia encontrou 300 quilos de maconha. A proprietária da casa, detida em flagrante, é esposa de um dos investigados.

Foram apreendidos documentos e três veículos adulterados durante a Operação Placa Fria. O delegado Sariam destacou que a polícia ainda investiga outras estampadoras em Campo Grande. Sobre a empresa alvo de operação, que é credenciada ao Detran-MS, a polícia irá pedir medidas administrativas, a fim de requerer o descredenciamento dela.

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