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Capital

Estado de saúde melhora e polícia espera ouvir em breve vítima de atentado

O crime aconteceu no dia 2 de fevereiro. Salém Pereira foi atingido por sete disparos no Bairro Guanandi

Geisy Garnes | 26/02/2018 17:10
Carro em que Salém estava no momento do atentado (Foto: Bruna Kaspary)
Carro em que Salém estava no momento do atentado (Foto: Bruna Kaspary)

A 5ª Delegacia de Polícia Civil segue as investigações do atentado contra Salém Pereira Vieira, de 36 anos, ferido a tiros no início deste mês no Bairro Guanandi, e espera ouvi-lo nos próximos dias. Segundo a polícia, o depoimento da vítima é essencial para o avanço do caso, assim como análise das imagens do crime.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gustavo de Oliveira Bueno Vieira, a mulher de Salém, que estava com o marido no momento do atentado, já foi ouvida, mas ainda assim o depoimento da vítima é essencial. “Ele teve uma melhora do estado de saúde e deve prestar depoimento nos próximos dias”, explicou.

Ainda conforme o delegado, as imagens do dia do crime, gravadas pelas câmeras de segurança de uma residência da Rua Jaime Ferreira Barbosa, estão sendo analisadas pela perícia e os laudos da análise devem ficar prontos ainda nesta semana.

Salém foi ferido por sete tiros no dia 2 de fevereiro. Apontado como agiota e um dos envolvidos no esquema do “Golpe dos Cheques em Branco”, e que tem como um dos personagem o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, a vítima deixava o enteado em uma creche do bairro, mas ao descer do Renault Logan, em que estava com a família foi atingido pelos disparos.

Segundo testemunhas, o suspeito do crime estava em um Volkswagen Voyage de cor preta, que fugiu do local após os disparos. Desde então, Salém está internado na Santa Casa de Campo Grande. Detalhes sobre seu estádio de saúde não podem ser divulgados pelo hospital, a pedido da família.

Ainda assim, com medo de um novo atentado, advogados de Salém solicitaram no dia 19 de fevereiro, um pedido de proteção policial enquanto o cliente estiver internado na Santa Casa.

Processos - Além de envolvimento com o “Golpe dos Cheques em Branco”, Salém também é uma das 29 testemunhas do processo da Operação Coffe Break, que investiga um esquema para cassar o ex-prefeito Alcides Bernal, com a participação de Gilmar Olarte e de vereadores de Campo Grande, além de empresários

Em 2015, ele chegou a bater boca com Olarte durante audiência na justiça, no processo sobre os golpes e classificou o ex-prefeito como “171”, artigo do Código Penal para estelionato, e ainda afirmou que sofria ameaças de morte.

O processo ainda corre na Justiça, na fase de recursos, embora já tenha havido condenação. A acusação principal é de que Olarte e integrantes da igreja da qual ele fazia parte usavam cheques em branco de terceiros para conseguir dinheiro com agiotas. O homem baleado hoje seria um dos “fornecedores” de recursos.

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