Paraguai procura envolvido em atentado que matou garoto, em outubro
Homem teria organizado o ataque ocorrido no dia 25 do mês passado, por ordem de brasileiro que comanda o crime na fronteira
Equipes da Polícia Nacional do Paraguai, chefiadas pelo promotor antinarcóticos no departamento de Amambay, Armando Cantero, fazem buscas desde ontem (27) em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.
As equipes tentam localizar Anderson Román Valdez, procurado por ordem judicial como o responsável direto pelo atentado ocorrido no dia 25 de outubro deste ano em Assunção, capital do Paraguai. O ataque a tiros de fuzil causou a morte do menino Gabriel Giménez. O pai dele, William Giménez Bernal, 28, o alvo do atentado. Ao ver o filho morto, William se matou com um tiro na cabeça.
Já foram presos pelo ataque os paraguaios Diego Niz Pérez, 28, e Rony Maximiliano Román Ramírez, 25, e o brasileiro Bruno Henrique Reis de Oliveira, 35, que seria o chefe dos pistoleiros que trabalham para outro brasileiro, Elton Leonel Rumich da Silva, 33, conhecido como Galã. Elton é o novo chefe do narcotráfico na fronteira após a morte de Jorge Rafaat, em 2016.
Segundo a polícia paraguaia, Galã é o principal líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) naquele país. O ataque a William Bernal, que era funcionário de outro traficante brasileiro, Jarvis Gimenes Pavão, seria uma retaliação ao atentado a uma boate em Pedro Juan Caballero, em julho deste ano.
De acordo com agentes que participam das buscas, Anderson Valdez não foi encontrado, mas as equipes conseguiram pistas que podem levar ao paradeiro dele nas próximas horas.