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Economia

Citricultura de MS "está salva" do alcance do tarifaço de Trump

Projeção da CitrusBR mostra que a nova medida deve gerar custo tarifário de R$ 1,1 bilhão por ano

Por Izabela Cavalcanti | 23/04/2025 12:05
Citricultura de MS "está salva" do alcance do tarifaço de Trump
Colheita de laranja em área de Mato Grosso do Sul (Foto: Álvaro Rezende)

O setor da citricultura em Mato Grosso do Sul está fora do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mesmo com o impacto bilionário previsto para a cadeia do suco de laranja.

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Apesar da tarifa de 10% imposta por Donald Trump sobre o suco de laranja brasileiro, a citricultura de Mato Grosso do Sul não será afetada, pois a produção local é destinada à indústria de São Paulo e não é exportada para os EUA. O estado possui 30 mil hectares de laranja plantados e continua atraindo investimentos. A tarifa pode impactar o setor nacional em US$ 100 milhões anuais, mas MS segue com perspectivas positivas.

“Essa medida não causa nenhuma mudança em relação às perspectivas da citricultura no Estado. Ela segue pujante e firme com novos investimentos e projetos”, disse a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) em nota.

Ainda conforme a Federação, a laranja produzida em MS “não é exportada para os EUA e vai apenas para a indústria de São Paulo”, completou.

Cada vez mais, o Estado tem atraído novos investidores no setor. A chegada dessas novas produtoras faz com que os municípios se desenvolvam, gere emprego e prospecte novos projetos.

Mato Grosso do Sul já tem, pelo menos, 30 mil hectares de laranja plantados, em Campo Grande, Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo, Paranaíba, Cassilândia, Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Brasilândia, Bataguassu, Naviraí, e Dois Irmãos do Buriti.

Impacto – No início de abril, o governo dos Estados Unidos impôs tarifa de 10% sobre todas as exportações do Brasil. Depois, no dia 9 de abril, Donald Trump adiou o tarifaço em 90 dias, deixando o mercado com incertezas.

Segundo a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), o impacto da nova tarifa pode atingir cerca de US$ 100 milhões por ano, o que equivale a R$ 585 milhões, se considerar o dólar a R$ 5,85.

A projeção foi feita com base no desempenho atual da safra 2024/2025 e aproximadamente 235,5 mil toneladas ao mercado americano.

O valor previsto soma aos tributos já incidentes, como a tarifa de US$ 415 por tonelada de FCOJ - sigla utilizada para Suco de Laranja Concentrado e Congelado. Somente no ano passado, esse tributo representou cerca de US$ 85,9 milhões em pagamentos.

Somando as tarifas atuais e a nova medida, o total de impostos pode atingir cerca de US$ 200 milhões anuais, ou aproximadamente R$ 1,1 bilhão.

Ainda conforme dados compilados pela CitrusBR, os Estados Unidos correspondem a 37% das exportações brasileiras do produto. Entre julho de 2024 e fevereiro de 2025, foram embarcadas 207.205 toneladas de suco de laranja concentrado e congelado, totalizando US$ 879,8 milhões em faturamento.

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