Ex-genro é o principal suspeito de matar mulher esganada na Moreninha
Separada há mais de 1 mês, a filha da vítima já havia registrado dois boletins de ocorrência por violência doméstica contra o suspeito
A Polícia Civil procura pelo pedreiro Wantuir Sonchini da Silva, 41 anos, principal suspeito de matar esganada a ex-sogra, Alzai Bernardo Lopes, 59 anos, na manhã de terça-feira (25), feriado de Natal. Ela foi encontrada morta pelo filho na casa onde vivia, na Rua Timbauva, Vila Moreninha II, em Campo Grande.
Conforme a delegada, Sueili Araújo Lima Rocha, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Wantuir não aceitava o fim do relacionamento com a filha de Alzai, uma auxiliar de administração de 35 anos, e já havia dito que a faria sofrer. O casal tem uma filha de 12 anos e a mulher está grávida de cinco meses. Os dois se separaram no começo de dezembro. Os três filhos de Alzai, a mulher e dois homens, estão sendo ouvidos nesta manhã na delegacia.
Todos os indícios, segundo a polícia, apontam para o suspeito. Um bracelete de Wantuir foi encontrado na cena do crime. Conforme a delegada, a ex-mulher do suspeito já havia registrado dois boletins de ocorrência contra o autor no dia 7 e 11 deste mês. O primeiro foi por violência doméstica, quando foi agredida. O outro registro foi porque Wantuir colocou no fogo na casa da ex, ninguém ficou ferido, mas houve danos materiais.
No dia 12, o pedreiro foi ouvido e justificou as agressões dizendo que a ex tinha um amante. Situação não confirmada pela polícia, muito menos pelas as partes envolvidas. “Ele era dependente de cocaína e toda vez que fazia uso do entorpecente agredia a mulher”, diz a delegada. A ex chegou a pedir medida protetiva, mas segundo a polícia, ele não foi encontrado para ser notificado.
Ainda conforme Sueili, o crime foi planejado. "Ele esperou a vítima ficar sozinha, pois sabia que um dos filhos que morava na residência estaria trabalhando. “O suspeito já havia falado que iria fazer a ex sofrer. Ele usou a mãe para atingi-la”, explica a delegada. Alzair foi morta entre a meia noite e e a manhã do dia 25, quando foi encontrada. No corpo dela, havia sinais de defesa e arranhões. A Polícia Civil faz buscas para encontrar o suspeito.
Caso - Alzai foi encontrada morta com sinais de esganadura. Um dos filho dela, Jurcilei, relatou que passou o Natal na residência de um familiar com a mãe e por volta das 23h30 a deixou em casa e foi embora.
Por volta das 6h30 do dia 25, o irmão dele que estava trabalhando de vigia noturno, chegou e encontrou Alzai caída no chão do quarto. Ainda conforme Jurcilei, não havia sinais de arrombamento e nada foi levado. No entanto, ele encontrou um pé chinelo em um dos cômodos do imóvel que não pertencia à mãe e sangue no portão do imóvel ao lado.