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Capital

Executado em frente de casa roubou joias de R$ 180 mil e tentou matar motorista

Elias da Silva Maldonado tem longa ficha criminal; ele foi assassinado com tiros na cabeça

Por Dayene Paz e Antonio Bispo | 08/07/2024 08:57
Algumas das joias recuperadas pela polícia. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Algumas das joias recuperadas pela polícia. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Assassinado com tiros na cabeça, Elias da Silva Maldonado, de 36 anos, era apontado como líder do bando que invadiu uma casa, no Conjunto Residencial Recanto dos Rouxinóis, em Campo Grande, e roubou joias que valiam R$ 180 mil. Sete anos depois, ocupava uma Range Rover Evoque quando tentou matar um homem a tiros após briga no trânsito, na Avenida Afonso Pena. Além disso, Elias tinha passagens por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.

Crimes - Na data do roubo, 6 de agosto de 2014, a polícia informou que o bando agiu com requintes de crueldade e tortura. Elias e outros quatro homens invadiram uma casa no Rouxinóis e renderam uma vendedora de joias, que foi agredida e furada com uma faca. Do local, os bandidos levaram R$ 9 mil em dinheiro, R$ 180 mil em joias, além de vários eletrônicos.

"Foram tantas as agressões que a vítima fingia desmaiar para que as agressões parassem, mas os denunciados jogavam água fria em sua face e continuavam com as agressões", diz trecho da denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Por este crime, Elias foi condenado a 10 anos de prisão.

Ele também responde a outro processo por tentar matar um trabalhador após discussão no trânsito, em fevereiro de 2021, na Avenida Afonso Pena. O crime ocorreu quando o trabalhador descarregou gelo na Valley e, na hora de ir embora, não conseguia sair com o caminhão, porque uma Land Rover branca estava obstruindo a passagem.

Quando tentou passar, Elias e o amigo, Gabriel Vanzanpieri, perseguiram o veículo e atiraram várias vezes contra o caminhoneiro na Afonso Pena. O homem estava com a esposa no caminhão e, assustado, fez o retorno na avenida, mas continuou sendo perseguido pela dupla.

Land Rover no estacionamento da delegacia após ser apreendida pela polícia. (Foto: Marcos Maluf)
Land Rover no estacionamento da delegacia após ser apreendida pela polícia. (Foto: Marcos Maluf)

Uma quadra antes de chegar no cruzamento com a Rua Rio Grande do Sul, os dois alcançaram a vítima. Eles desceram do carro armados, se apresentando como policiais e xingando o trabalhador. Na sequência, deram coronhadas na vítima e falavam que havia estragado a Range Rover.

Além do histórico criminal, Elias é tio de João Paulo Maldonado Osório, 27 anos, que foi alvo de 63 tiros quando estava em uma conveniência no Conjunto Residencial Recanto dos Rouxinóis. João tinha histórico criminal e chegou a ser preso em flagrante por agiotagem em 2021.

Execução de Elias - As informações são de que houve uma festa na residência de Elias. Antes das 21 horas, ele saiu com a esposa no carro Jeep para levar os dois filhos de Elias para casa e, por volta das 22 horas, retornaram ao imóvel. A mulher conduzia o veículo e Elias ocupava o banco do passageiro.

Fita zebrada em local onde Elias foi morto. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fita zebrada em local onde Elias foi morto. (Foto: Henrique Kawaminami)

A esposa saiu para abrir o portão da casa e, na sequência, Elias também desembarcou do veículo. Ele deixou o celular cair e quando se abaixou para pegar o aparelho, foi surpreendido pelo atirador. "Escutei uns 15 tiros", disse um vizinho que pediu para ter o nome preservado.

Para a polícia, a esposa contou que viu o atirador saindo de um carro, aparentemente um Honda escuro. A vítima foi atingida por vários tiros na cabeça e caiu ao lado do carro. Não houve tempo de socorro e a morte foi constatada.

Moradores da região afirmam que não conheciam Elias e que a casa onde ele residia, está em construção. "Está em construção já tem mais de anos, mas não sei quem vive ali. Ontem eu já estava deitada, quando escutei aquela rajada de tiro", lembra a vizinha.

Outra moradora disse que mora há mais de 20 anos no bairro e não conhece a vítima. “Eu escutei os tiros e fiquei muito assustada. Não sabia o que tinha acontecido. Um horror tudo isso, mas não sei quem são eles, porque não conversam com ninguém aqui da rua”, disse.

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