Explosão que deixou bairro "sufocado" ainda é mistério para moradores
Chácara apontada como origem de barulho de explosão é usada para treinamentos e PM vai apurar o caso
Moradores da Aldeia Água Bonita e Bairro Tarsila do Amaral, que passaram mal com gás que tomou conta da área ontem (17), depois de ouvirem um barulho de explosão, ainda estão sem saber o que houve e têm medo de que ocorra novamente. A suspeita é de vazamento de algum tipo de gás. Equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local ontem a tarde.
Nenhuma autoridade revelou o que houve até então. A Polícia Militar informou hoje (18), que a chácara apontada pelos moradores como o local da origem do barulho de explosão, é utilizada como centro de treinamento de militares com estande de tiros e vai apurar a situação.
Moradores relatam que a sensação era de sufocamento, que poderia levar a morte e que crianças choravam sem parar, além de vomitar.
Apreensivo, o vice-cacique, Alexandre Alévalos, de 69 anos, conta que não tem informação das autoridades sobre o que aconteceu e se há algum risco, o que preocupa a todos.
“Não tem uma informação. O que a gente precisa é que seja apurada essa situação aqui, porque não queremos passar por isso de novo. Se é bomba, se é gás de pimenta, temos que saber, porque temos muitas pessoas idosas e com diabetes. Então, temos que saber o que aconteceu, porque tem risco de morte. Muitas pessoas passaram mal. Isso nunca aconteceu antes aqui”, disse.
“Parece que a gente ia morrer sufocado”, resume a manicure Maida Gomes Xavier, de 27 anos, que seguia para uma lanchonete, quando começou a passar mal junto com a família. “Logo depois, fiquei sabendo que vieram bombeiros, mas nem sei, porque eu fui para longe daqui, porque estava passando muito mal. Ficamos com medo de acontecer isso de novo”, comenta.
Moradores acreditam que houve uma explosão em uma chácara que há no bairro. Alguns suspeitam que o barulho e o gás vieram de um centro de treinamento na região, onde sempre tem barulho de tiro.
“Não foi pneu queimado, não foi fiação elétrica, nada desse tipo. Foi gás lacrimogêneo. Temos que saber o que foi, porque têm muitas pessoas idosas e com baixa imunidade, que podem até ficar doentes e morrer”, alarmou o indígena Wislin Dagmar, de 67 anos, que mora na Aldeia Água Bonita.
O Campo Grande News ainda apura com PM, Exército e Corpo de Bombeiros o que pode ter acontecido na região.