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Capital

Explosivos roubados de pedreira podem derrubar prédio de 10 andares

Bandidos levaram 275 quilos de explosivos, mais 836 metros de cordel - material que também tem capacidade de detonação

Luana Rodrigues e Viviane Oliveira | 27/12/2016 16:10
Explosivos roubados de pedreira são semelhantes aos da foto, apreendidos pelo Garras em junho deste ano, com quadrilha responsável por furto a banco em Sonora. (Foto: Fernando Antunes/ Arquivo)
Explosivos roubados de pedreira são semelhantes aos da foto, apreendidos pelo Garras em junho deste ano, com quadrilha responsável por furto a banco em Sonora. (Foto: Fernando Antunes/ Arquivo)

Os 275 quilos de explosivos, além dos 836 metros de cordel – material composto por substâncias químicas, que também tem efeito detonante – roubados da pedreira São Luiz, na noite desta segunda-feira (26), em Campo Grande, têm capacidade de derrubar a estrutura de um prédio de pelo menos 10 andares. Apenas um quilo é o suficiente para arrombar um caixa eletrônico, por exemplo.

De acordo com o major do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Vilmar Fernandes, o poder de destruição dos explosivos é altíssimo. Se quem o roubou souber manuseá-lo, se torna ainda mais perigoso.

“É difícil mensurarmos a capacidade exata dos explosivos levados, porque depende do peso, do tipo da marca, mas um exemplo simples que temos é que, para explodir um caixa eletrônico, é usado apenas um quilo, isso mostra a força que eles tem”, diz o major.

Ainda de acordo com Fernandes, geralmente, os explosivos são roubados por quadrilhas, que tem o objetivo de pratica outros crimes. “No Brasil tem sido usado para explodir caixas eletrônicos, cofres de bancos, carros forte, muralhas de presídios, enfim, para eles, tem diversas finalidades, todas criminosas”, diz o major.

Por conta desta possível “finalidade” dos produtos roubados, a investigação do caso agora está sendo conduzida pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate).

De acordo com o delegado Fábio Peró, a polícia ainda não tem pistas dos criminosos, mas trabalha com detalhes encontrados na cena do crime.

Os bandidos roubaram 11 caixas contento 25 quilos de dinamite cada, além de 836 metros de cordel – material explosivo composto por substâncias químicas, com velocidade de detonação mínima de 5900 metros por segundo -, material de oficina, óleo lubrificante, ferramentas e computadores com as imagens das câmeras de segurança.

Segundo Peró, os explosivos roubados são semelhantes aos que foram apreendidos pelo Garras em junho deste ano, quando foi presa uma quadrilha apontada como responsável pela explosão de um banco em Sonora - cidade distante 364 km de Campo Grande.

O crime ocorreu no dia 18 de abril deste ano. Com os assaltantes, a polícia apreendeu 14 kg de explosivos e 51 metros de fiação explosiva. Conforme o Garras, essa quantidade de explosivo poderia ser usada para pelo menos mais cinco assaltos nas mesmas proporções e estragos dos realizados em Sonora.

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