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Capital

Fabricação de Rivotril é suspensa, mas farmácias resolvem com genéricos

Empresa vai continuar com outras versões do medicamento

Por Kamila Alcântara | 06/11/2024 17:00
Caixa de comprimidos de Rivotril, com 2 mg (Foto: Conselho Federal de Farmácias)
Caixa de comprimidos de Rivotril, com 2 mg (Foto: Conselho Federal de Farmácias)

A empresa brasileira de farmoquímica Blanver anunciou, nesta quarta-feira (6), a interrupção da fabricação de Rivotril, em versão comprimido nas dosagens 0,5 e 2 mg. Em Campo Grande, as farmácias consultadas disseram não ter conhecimento dessa medida, mas possuem estoque e a venda costuma ser maior do genérico (clonazepam).

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A Blanver, uma empresa brasileira de farmoquímica, anunciou a interrupção da fabricação do Rivotril em comprimidos de 0,5 e 2 mg. Apesar da notícia, farmácias em Campo Grande informaram que não foram notificadas sobre essa mudança e que continuam a oferecer o medicamento, além de alternativas genéricas como o clonazepam, que é mais econômico. O Rivotril é utilizado para tratar diversas condições, incluindo transtornos de ansiedade e epilepsia. O Conselho Regional de Farmácias de Mato Grosso do Sul assegurou que a demanda será atendida por meio de medicamentos genéricos e manipulação, e enfatizou a importância da comunicação entre pacientes e médicos para a adaptação ao tratamento.

De acordo com o comunicado da empresa, divulgado pela Folha de S. Paulo, com a interrupção da fabricação dos comprimidos com as dosagens citadas, outras apresentações continuam disponíveis. "Rivotril 2 mg, com 30 comprimidos; Rivotril 0,25 mg de 30 comprimidos sublinguais; e Rivotril 2,5 mg/ml de solução oral em frasco com 20 ml".

O medicamento é utilizado para tratar diversas condições, incluindo transtornos de ansiedade e de humor, síndromes psicóticas, crises epilépticas, espasmos infantis, pernas inquietas, problemas de equilíbrio, síndrome da boca ardente e vertigem, conforme detalhado na bula.

A reportagem do Campo Grande News consultou quatro redes de farmácias locais e todas disseram não saber dessa medida da Blanver, mas que os estoques estão normais e que a população pode comprar a versão mais econômica.

"Nós não costumamos vender o Rivotril de pronto, normalmente é por encomenda, porque a nossa saída maior é do genérico, o clonazepam. Acredito que seja pela diferença de preço, que é de quase R$ 20 e tem o mesmo efeito", disse a gestora de uma farmácia no Bairro Aero Rancho, Ana Wess, de 39 anos.

Welton dos Santos, de 46 anos, gerente de outra farmácia na região, compartilhou que a informação também ainda não chegou por lá. "Aqui segue tudo normal, com essas opções disponíveis em estoque. Mesmo que não seja mais fabricado, os médicos vão passar outras opções para os pacientes", avalia.

O assessor técnico do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácias de Mato Grosso do Sul), Ronaldo de Jesus Costa, reforçou que o mercado vai continuar atendendo a demanda. "Ainda contamos com medicamentos genéricos, produzidos por vários laboratórios diferentes, além de contar com a produção das farmácias de manipulação. Então, por enquanto os pacientes não vão ficar desassistidos".

Ronaldo completa dizendo que o importante é a boa adaptação do paciente. "Importante o paciente conversar com médico prescritor da dificuldade de encontrar o produto de marca. Assim, médico e paciente podem optar ou pelo genérico, ou por fórmula manipulada, ou ainda, se o paciente desejar, optar por outro tipo de terapêutica", termina.

A Blanver Farmoquímica e Farmacêutica assumiu a produção do Rivotril no Brasil em julho de 2021 após a transferência de direitos da farmacêutica Roche. Desde então a distribuição do medicamento é feita pela empresa Biopas.

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