Família consegue acolhimento em abrigo, após dois dias dormindo na rua
As cinco crianças e os sete adultos aguardavam vaga desde a última quinta-feira
Após longos dois dias de espera por um abrigo, a família com 12 venezuelanos conseguiu vaga no Cedami (Centro de Apoio aos Migrantes) na manhã deste sábado (29). Desde a última quinta-feira (27), as cinco crianças e os sete adultos dormiam na rua enquanto esperavam por um “teto”.
Conforme o coordenador do Centro, Átilla Henrique, o local tem capacidade para receber 20 pessoas e já está com lotação.
“Estamos com 24, 25 pessoas. E mesmo dentro disso, nós vamos disponibilizar essa ajuda pra eles poderem ser atendidos dentro da necessidade deles e conseguir seguir a viagem que eles precisam”, comentou.
Ao Campo Grande News, Olandra Urbaneja, de 26 anos, relatou que estão há dois dias dormindo nas ruas. Olandra relata que a família saiu da Venezuela com o objetivo de chegar ao Rio Grande do Sul, onde tem um primo que reside lá. A motivação para essa mudança é a expectativa de encontrar emprego em uma colheita em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul.
Diante da situação, o presidente do São Julião, Carlos Melke, informou que está providenciando camas para aumentar a capacidade do Centro em atender famílias.
"Estamos providenciando mais leitos para aumentarmos nossa capacidade de atendimento aos migrantes. O Cedami tem 39 anos de serviços prestados à cidade e, nesse tempo, a situação migratória é cada vez mais séria e Campo Grande é rota de passagem, principalmente de famílias desabrigadas. Nossa Associação já está aumentando, não só os leitos, como também a compra de insumos e reforçando o pessoal de atendimento às pessoas que nos procuram", pontuou Melke.
Além disso, o Campo Grande News também recebeu diversas mensagens de pessoas interessadas em ajudar a família.
Ajuda – O Cedami oferece três refeições por dia, dormitórios e atende outras necessidades diárias das famílias que lá se instalam por um tempo.
O local é uma entidade filantrópica e foi criado em 1984, por um grupo de voluntários italianos que também colaboravam com o São Julião (Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos e de Benfeitores). Eles se mantêm com o apoio dos voluntários da Associação e do Sesc, que fornece refeições aos migrantes acolhidos na casa.
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