Família nega que criança morta com dengue tinha problema no coração
A família de Maria Fernanda Amarilha Pereira, 8 anos, que morreu em uma unidade de saúde de Campo Grande ontem (12) após ser diagnosticada com dengue, nega que ela tivesse cardiopatia congênita, como foi divulgado pela Prefeitura.
Durante o sepultamento da criança, na manhã desta quarta-feira (13) no Cemitério Nacional Parque – nas Moreninhas –, o pai de Maria Fernanda, Fernando Pereira, e outros familiares, disseram que ela era uma criança saudável e questionaram o atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida. “Ela não tinha problema no coração”, afirmou o pai.
Outro parente explicou como foram os últimos dias de vida da menina, que de acordo com a família não tinha nenhum problema de saúde. “Ela passou mal no domingo e foi levada para o posto. Ficou lá até segunda-feira (11) meio dia. Voltou a passar mal em casa no fim da tarde e às 10 horas da noite do mesmo dia voltou para o posto. Foi muito rápido”, disse Leonardo Amarilha Gimenez, 27 anos, primo da vítima.
Ele também criticou o descaso no atendimento da criança. “Em nenhum momento fizeram algo para transferí-la. Só deram soro mesmo e nada mais”, afirmou.
A causa da morte de Maria Fernanda ainda é investigada. O corpo foi encaminhado para o SVO (Serviço de Verificação de Óbito), órgão ligado à Coordenadoria Geral de Perícias do Estado.
No local, não é realizado exame necroscópico, que poderia identificar se a menina realmente tinha algum problema cardíaco. Lá, foi recolhido sangue para exames sorológicos. O resultado deverá ser divulgado em 30 dias.
Em nota, divulgada ontem (12), a Prefeitura informou que a menina teve uma parada cardíaca durante atendimento da UPA da Vila Almeida. O local não emite atestado de óbito e por isso não foi confirmada dengue com a causa da morte.