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Capital

Familiares de presos mantinham esquema de tráfico com depósitos na Capital

Dois homens foram presos e outros dois, chefes da quadrilha, estão sendo procurados pela PRF e PC

Silvia Frias e Bruna Marques | 28/04/2022 11:26
Droga apreendida em carreta que trafegava na MS-040. (Foto: Divulgação)
Droga apreendida em carreta que trafegava na MS-040. (Foto: Divulgação)

Operação conjunta da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Polícia Civil apreendeu 3,8 toneladas de maconha em um galpão no Jardim Noroeste, em Campo Grande. A quadrilha já havia sido alvo de ação policial em fevereiro, quando 7 pessoas foram presas e, desde então, o esquema criminoso foi mantido por familiares deles.

As prisões aconteceram na madrugada de terça-feira (26), na Operação Unitatem. Entre os presos, está o filho de um dos chefes, que também era “laranja” da quadrilha. Em nome dele, foram encontrados 7 carros, entre eles, Porsche, Camaro, Ford Ka e dois Corollas.

Além do “laranja” de 26 anos, também foi preso o condutor da carreta de 40 anos. O veículo foi carregado no depósito do Jardim Noroeste e foi abordado na MS-040, quando estava sendo levado para São Paulo. Os pacotes da droga foram escondidos em meio a carga de pallets.

Dois Corollas foram apreendidos pela polícia na operação. (Foto: Bruna Marques)
Dois Corollas foram apreendidos pela polícia na operação. (Foto: Bruna Marques)

Essas prisões são continuidade de ação realizada no dia 15 de fevereiro, quando equipes da PRF e Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) prenderam sete pessoas e apreenderam 5 toneladas de maconha em depósito no Jardim Itamaracá.

A investigação apurou que parentes dos presos continuaram a agir no tráfico de drogas, segundo informações dadas pelo delegado da Denar, Hoffman D´Ávila.

PRF e Denar encontraram droga dentro da carreta. (Foto: Reprodução)
PRF e Denar encontraram droga dentro da carreta. (Foto: Reprodução)

A investigação identificou dois galpões alugados pela quadrilha, sendo um no Jardim Noroeste e outro na região das Moreninhas.

O delegado explicou que a droga vinha do Paraguai, em quantidades menores, e era estocada nos armazéns em prazos de 30 a 40 dias, até que era levada para São Paulo em grandes carregamentos.

Além dos presos, a operação identificou os dois chefes da quadrilha, ainda foragidos. Um deles é pai do “laranja” e usava o nome do filho para lavar o dinheiro do tráfico. “Ele mora em casa humilde que não condiz com a vida financeira dele, de alguém que não trabalha, não estuda”, diz o delegado. O rapaz estava sendo monitorado e, antes da prisão, tinha sido visto no galpão onde a droga estava escondida.

A Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos presos e dos chefes identificados.


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