Familiares de presos mantinham esquema de tráfico com depósitos na Capital
Dois homens foram presos e outros dois, chefes da quadrilha, estão sendo procurados pela PRF e PC
Operação conjunta da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Polícia Civil apreendeu 3,8 toneladas de maconha em um galpão no Jardim Noroeste, em Campo Grande. A quadrilha já havia sido alvo de ação policial em fevereiro, quando 7 pessoas foram presas e, desde então, o esquema criminoso foi mantido por familiares deles.
As prisões aconteceram na madrugada de terça-feira (26), na Operação Unitatem. Entre os presos, está o filho de um dos chefes, que também era “laranja” da quadrilha. Em nome dele, foram encontrados 7 carros, entre eles, Porsche, Camaro, Ford Ka e dois Corollas.
Além do “laranja” de 26 anos, também foi preso o condutor da carreta de 40 anos. O veículo foi carregado no depósito do Jardim Noroeste e foi abordado na MS-040, quando estava sendo levado para São Paulo. Os pacotes da droga foram escondidos em meio a carga de pallets.
Essas prisões são continuidade de ação realizada no dia 15 de fevereiro, quando equipes da PRF e Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) prenderam sete pessoas e apreenderam 5 toneladas de maconha em depósito no Jardim Itamaracá.
A investigação apurou que parentes dos presos continuaram a agir no tráfico de drogas, segundo informações dadas pelo delegado da Denar, Hoffman D´Ávila.
A investigação identificou dois galpões alugados pela quadrilha, sendo um no Jardim Noroeste e outro na região das Moreninhas.
O delegado explicou que a droga vinha do Paraguai, em quantidades menores, e era estocada nos armazéns em prazos de 30 a 40 dias, até que era levada para São Paulo em grandes carregamentos.
Além dos presos, a operação identificou os dois chefes da quadrilha, ainda foragidos. Um deles é pai do “laranja” e usava o nome do filho para lavar o dinheiro do tráfico. “Ele mora em casa humilde que não condiz com a vida financeira dele, de alguém que não trabalha, não estuda”, diz o delegado. O rapaz estava sendo monitorado e, antes da prisão, tinha sido visto no galpão onde a droga estava escondida.
A Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos presos e dos chefes identificados.