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Capital

Familiares terão prioridade em adoção de menino que era torturado

Viviane Oliveira | 10/03/2016 12:34
Enquanto esteve internado na Santa Casa, o menino fez amigos e virou super-herói. (Foto: divulgação)
Enquanto esteve internado na Santa Casa, o menino fez amigos e virou super-herói. (Foto: divulgação)

O processo de adoção do menino de 4 anos, que foi torturado pelos tios em rituais de magia negra, vai priorizar a família extensa, ou seja parentes próximos. Depois de esgotadas todas as possibilidades, o garoto vai para a fila de adoção e a família que se interessar também pela irmã dele, uma adolescente de 14 anos, terá prioridade.

A criança, que deu entrada na Santa Casa no dia 23 com lesões graves no corpo causada por queimaduras e corria o risco de ficar cega, ficou internada durante 15 dias e teve alta ontem (9). Ele foi para o mesmo abrigo de acolhimento onde a irmã está há pelo menos 3 anos.

O juiz da Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul), Luiz Felipe Medeiros Vieira, explica que a partir do momento que os pais perderam a guarda, a prioridade é buscar alguém dentro da família que pretendente adotar, caso não encontre, a criança será habilitada para adoção. “É o que determina a lei”, afirma.

Os interessados devem estar inscritos no Cadastro Nacional de Adoção. Vai ter preferência a família que está aguardando há a mais tempo ou que pretende adotar os irmãos juntos. Antes do processo, o interessado em adoção passa por várias avaliações, inclusive psicológica para atestar se está apto para entrar no processo. Quanto aos tios que estavam com a guarda do menino, o juiz explica que todos os laudos psicológicos dois dois eram favoráveis.

Saga - Há dois anos, o menino e a irmã foram encontrados em situação de abandono no local onde viviam com os pais. Na época, a guarda dos dois foi passada a avó, que ficou seis meses com os netos e depois procurou a Justiça informando que não tinha condição de criá-los por motivo de saúde.

Em maio do ano passado, a guarda da criança foi entregue aos tios, uma mulher de 31 anos, que depois de presa confessou que junto com o marido de 46 anos, torturava o menino em ritual de magia negra.

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