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Capital

Famílias de presos "comuns" voltam a reclamar de regalias no Presídio Militar

Já faz mais de 1 ano que parentes não podem entrar em presídios civis, mas a restrição não existe no militar

Lucia Morel | 15/05/2021 11:54
Caixa térmica com alimentos sendo carregada por parentes de militares presos. (Foto: Reprodução)
Caixa térmica com alimentos sendo carregada por parentes de militares presos. (Foto: Reprodução)

Questionando o que chamam de tratamento desigual, parentes de presos no Presídio de Segurança Máxima em Campo Grande, no Jardim Noroeste, enviaram ao Campo Grande News vídeos que mostram visitação liberada aos detentos do Presídio Militar, que fica ao lado.

A filha de um dos internos da Máxima lembra que está há um ano sem ver o pai, enquanto familiares de policiais militares mantém as regalias, com entrada liberada. “Os familiares dos presos militares entram com vasilhas e vasilhas de comida e os nossos não têm esse direito”, lamentou Jéssica Mayara dos Santos, 24 anos.

Ela disse que ela foi até a Máxima hoje para levar remessa de roupas ao pai, já que é o dia agendado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para tal. No entanto, também hoje, é a visita e entrega de alimentos no Presídio Militar, o que deixou clara a diferença de tratamento.

“É uma falta de respeito, de igualdade com os demais”, disse, enfatizando que a comida aos militares chega “quentinha” enquanto a massa carcerária comum fica apenas com o alimento que é dado no próprio presídio.

No ano passado, mesmo tipo de denúncia já havia chegado à reportagem.

Diretor da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, informou que é permitido levar apenas bolachinha, remédios e produtos de higiene, mas que a administração do Presídio Militar é outra.

Em contato com o diretor de lá, coronel Adilson Alves de Macedo, ele disse que por se tratar de uma massa carcerária bem menor, é mais fácil lidar e exigir o cumprimento de medidas de biossegurança, confirmando a visitação liberada e o recebimento de alimentos.

“O presídio é menor, são poucos presos e alguns estão até em regime aberto e ficam indo e voltando”, justifica, dizendo que ao todo há 55 detentos, mas apenas 30 em regime fechado. “As visitas são feitas com todo cuidado, é possível ter um controle melhor”, enfatizou, lembrando que apenas parentes de 1º grau podem fazer as visitas.

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