Famílias perdem tudo após chuva forte alagar córrego no Aero Rancho
Quatro casas da Rua Sofia Bedoglin, próximo da Avenida Thyrson de Almeida, ficaram alagadas
A chuva forte desta quarta-feira (3), que provocou estragos em diversos pontos da cidade, também causou transtornos para famílias do bairro Aero Rancho, região sul da Capital. Na rua Sofia Bedoglin, quatro residências ficaram alagadas, tendo as famílias perdido móveis, roupas, eletrodomésticos e até alimentos.
A água invadiu as casas após o córrego Anhanduizinho subir e atravessar a Avenida Thyrson de Almeida. Os imóveis atingidos ficam a aproximadamente 40 metros do córrego e, mesmo assim, a água alcançou quase um metro de altura.
"Foi desesperador. Eu tinha ido levar minha esposa ao dentista e meus três filhos ficaram em casa com a vizinha. A água entrou de uma vez e destruiu tudo. Até a geladeira ficou boiando", afirmou o açougueiro José Marcelo dos Santos Araújo, de 41 anos.
As crianças e o animal de estimação da família precisaram sair correndo e ficaram na casa de um outro vizinho até o temporal passar. Depois que a água baixou, amigos e moradores da região ajudaram na limpeza e retirada de tudo o que foi perdido.
Situação semelhante ao que aconteceu na casa do operador de caixa Leonardo Saldanha, de 36 anos, que por sorte estava de folga do serviço e conseguiu ajudar a mãe e o irmão. "A água veio com tudo", reforçou. "Meu irmão olhou pela janela, sentimos um cheiro ruim e, em seguida, tudo alagou. Todo mundo apavorou", revelou ele.
Marcas na parede da casa indicam a altura que a água atingiu. "Até a cama que minha mãe havia recém comprado, depois de tempos com uma ruim, ficou submersa", complementa Leonardo.
Na residência ao lado mora o aposentado Antônio de Souza, de 50 anos. Assim como nos vizinhos, a água do córrego chegou a invadir sua casa, mas não com a mesma intensidade. "Não tivemos os mesmos prejuízos que os vizinhos graças a mureta que construímos nos fundos e essa parte alta aqui em frente, mesmo assim a gente fica triste com essa situação. A gente perde o chão ao ver o desespero das pessoas", revela.
Outra família que perdeu tudo foi a do serralheiro Diney Vilhalva, de 43 anos. Além de roupas, móveis, eletrodomésticos e eletrônicos, ele viu equipamentos de trabalho serem consumidos pela água. "Minha máquina de solda (que custa uns R$ 1,9 mil), e o compressor (preço médio de R$ 600 reais) não funcionam mais. Tudo o que eu uso para trabalhar. Dentro de casa foi tudo também, estamos limpando como pode", afirmou Diney, que trabalha nos fundos de casa.
Ajuda - As famílias encerraram o dia na limpeza. A residência de parentes será o destino de todos os que perderam até mesmo a cama para dormir. Caso alguém queira e possa doar roupas, móveis, eletrodomésticos, alimentos ou qualquer outro tipo de ajuda, o contato com as famílias pode ser feito pelos telefones: 9.9146-2493 José Marcelo; 9.9244-8736 Leonardo; e 9.9332-7266 Diney.
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