"Feriadão" tem muvuca em ônibus e desabafo de usuários: “Tá difícil”
Consórcio Guaicurus afirma que movimentação de pessoas contrariou planejamento feito para dia de feriado
Mesmo com comércio fechado e repetidos pedidos de “fique em casa”, cenas de aglomerações se repetiram em terminais e ônibus do transporte coletivo de Campo Grande nesta terça-feira (23). Para quem precisa trabalhar, o jeito tem sido enfrentar a situação e contar com a sorte para não se contaminar.
Em vídeo feito na manhã desta terça-feira (23), no Terminal Guaicurus, é possível notar dezenas de pessoas aguardando ônibus da linha 075. A imagem mostra a quantidade de passageiros em fila, todos sem respeitar o distanciamento social. “Isso é fila de um ônibus só”, comenta usuário.
Se a aglomeração já preocupa na plataforma de embarque, onde o ambiente é aberto, dentro dos veículos o medo de contaminação é dobrado. Em outras imagens, desta vez dentro do ônibus 081, várias pessoas disputam espaço, muitos, inclusive, chegam a encostar em outros passageiros, ignorando totalmente uma das principais medidas de segurança contra a covid-19. “Tá difícil de ir trabalhar”, afirma leitor que gravou vídeo (veja no fim da matéria).
Outro lado - Desde ontem (22), quando começou a antecipação de feriados em Campo Grande, cenas de tumulto nos ônibus e terminais acontecem. De acordo com João Rezende, presidente do consórcio Guaicurus, a lotação aconteceu porque a movimentação de campo-grandenses nas ruas contrariou a programação específica para dias de feriado.
“Ontem a Prefeitura decretou feriado e o transporte tem um planejamento para esses dias. No entanto, o comportamento não foi de feriado e tivemos movimentação muito acima”, explica.
Rezende afirma que em dias de feriado a média de pessoas usando o transporte coletivo é de 11 mil pessoas. No entanto, ontem 32.500 usuários foram atendidos. Quase três vezes o esperado.
“Quando notamos isso, passamos a monitorar e colocar carros extras. Durante a semana isso continuará sendo feito, mas fica a reflexão. Será que todo mundo que saiu realmente precisava? Será que cumpriram o dever de casa?”, indaga.
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