Fiéis lotam catedral para adeus a Dom Mariano, que será sepultado em Brasília
Bispo auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande foi internado na quinta-feira para procedimento cardiovascular
“Muito humilde, sereno, bondoso”, é o que descreve a grande maioria que conheceu e conviveu com Dom Frei Janusz Marian Danecki, mais conhecido como Dom Mariano, bispo auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande desde 2015, mas que faleceu na noite dessa sexta-feira (30), na Capital, após ser internado para procedimento cardiovascular.Ele será sepultado em Brasília, porque não tem família no Brasil.
O velório está sendo realizado desde às 5h na Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio, com missa de hora e hora até as 13h, quando acontece a missa exequial celebrada pelo arcebispo metropolitano Dom Dimas Lara Barbosa.
Ao Campo Grande News, Dom Vitório Pavanello contou que Dom Mariano sempre foi um homem admirado por sua benevolência.
“Um homem pacífico, da bondade, que nunca levantou a voz, um homem disponível, mas, sobretudo, a marca dele foi humildade e disponibilidade a toda hora para tudo que precisava do coração sacerdotal dele. Por isso que nós todos estamos sentindo agora a sua falta, porque não vamos encontrar um bispo assim, tão alegre, sereno, bondoso e presente quando era necessário para qualquer lugar”, disse.
Quando precisava dizer “não”, Dom Vitório relembra que isso só acontecia por não poder estar em dois lugares ao mesmo tempo quando solicitado. “Você vê pela presença de tantos fiéis, mesmo pelo pouco tempo que viveu aqui, menos de dez anos, mas que deixou uma marca profunda de alguém que nos ensina a sermos bondosos, compreensivos, indulgentes, caridosos e humildes. Essa é a marca registrada desse bispo”, ressaltou.
O padre Wagner de Souza lembrou a trajetória de Dom Mariano, que viveu parte da vida na Amazônia, onde trabalhou como franciscano da terceira ordem.
“A região amazônica é onde ele viveu o ministério dele em grande profundidade. Ele, como franciscano da Terceira Ordem, foi trabalhar como missionário no coração da Amazônia. Lá, exatamente lá no meio da Amazônia, que ele foi nomeado nosso bispo auxiliar. Então nesses praticamente dez anos para quem está aqui, foi um homem que entregou a vida silencioso, humilde, educado”, pontuou.
Para a coordenadora da infância missionária, Antônia Queiroz, e que acompanhava Dom Mariano nos trabalhos, é difícil falar de um “homem que tem certeza que já é santo”.
“Sempre foi um homem muito santo, de muita sabedoria, sempre no silêncio, na sua humildade, mas que tinha um olhar de muita paz e muito amor com todos. Para nós vai ficar a saudade. Vamos rezar para que ele possa interceder por nós lá de cima”, finalizou.
Trajetória
Dom Mariano foi formador no Seminário Propedêutico, supervisor da Comunidade Jardim da Imaculada, reitor do Seminário São Francisco de Assis, em Brasília, e diretor Nacional do Movimento Milícia da Imaculada.
Em 2015, recebeu a nomeação de bispo titular de Regie e auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande, pelo Papa Francisco. A ordenação episcopal aconteceu em 1º de maio de 2015, em Campo Grande.
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