"Foi um crime de muita violência", diz delegada sobre assassinato na Vila Bordon
Após identificar que filho estava transtornado, pai do suspeito acabou procurando a polícia, que achou corpo
Jovem de 24 nos que teria matado o administrador Devanir Paltanin, 46 anos, deve se apresentar à polícia na quarta-feira. A delegada que investiga o caso, Franciele Candotti, da 7ª Delegacia de Polícia, afirmou que no mesmo dia, vai pedir a prisão preventiva do suspeito, Carlos Roberto Silva Strogueia.
Na semana passada, após identificar que o filho estava ferido e transtornado, o pai do suspeito acabou procurando a polícia por desconfiar de algo errado. Na delegacia, ele pediu que investigadores fossem até à casa do rapaz, onde o corpo de Devanir foi encontrado nu, com lesões e cortes.
“O autor usou de muita violência, foi um crime de muita violência”, sustentou a delegada ao falar com o Campo Grande News. Para ela, o pai do jovem prometeu levar o filho na delegacia na quarta-feira, já com advogado. Caso isso não ocorra, o rapaz passará a ser considerado foragido.
Local do crime – O corpo de Devanir foi encontrado no chão da sala da casa do autor, que fica na Vila Bordon, na saída para Indubrasil. O local estava revirado, com muitas roupas jogadas por todos os lados, embalagens de preservativo. Um cachimbo também estava sobre uma mesa, indicando o uso de drogas.
O suspeito, conforme o pai contou à polícia, seria usuário de drogas. Testemunhas e vizinhos dele disseram que o rapaz seria “gente boa” e que nunca aparentou causar problemas.
Já a vítima não usaria drogas e era natural do Paraná. Devanir tinha apenas uma irmã em Naviraí e morava no Jardim Centenário, na saída para São Paulo, em Campo Grande, com uma amiga.
O carro encontrado na garagem da casa do autor, um Fiat Punto, teria sido alugado pela vítima para trabalhar como motorista de aplicativo e testemunhas informaram que desde a segunda-feira, 21 de março, o veículo estaria por lá. O corpo foi encontrado na sexta, 25, mas a morte, segundo informações preliminares da perícia, teria ocorrido na madrugada de quinta, 24.
A delegada diz que não pode configurar, até o momento, o crime como sendo por homofobia, já que a vítima era homossexual.