Fora do ar há meses, sensores para alerta de enchente aguardam licitação
As 50 estações pluviométricas da Defesa Civil que indicavam a quantidade de chuvas em diferentes pontos da Capital estão inoperantes
Desde o final do ano passado, os 50 sensores das estações pluviométricas – espalhadas na região central e nos bairros de Campo Grande para medir quantitativo de chuvas e alertar sobre alagamentos, estão “inoperantes”. À espera de licitação e parte de um novo plano de drenagem da Prefeitura, a previsão é que voltem a funcionar apenas em 2020.
Coordenador de proteção da defesa civil municipal, que operava os equipamentos, Armindo de Oliveira Franco afirma que o contrato com a empresa que fazia o trabalho nas estações acabou e ainda aguarda nova licitação. Quando voltarem, os equipamentos serão somados a um centro de gerenciamento, chamada pela Prefeitura de "sala de situação".
“Estamos em fase de negociação, para reativar o monitoramento e criar um centro de gerenciamento de emergências climatológicas. O objetivo é cuidar da chuva e do período de estiagem, também monitorar sistemas de incêndios urbanos e florestais. Estamos em fase de negociação e no início do ano que vem estaremos funcionando”, afirmou.
Titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) Rudi Fioresi declarou “esperar” que a licitação para os 50 sensores fique pronta antes do final do ano.
“Está preparando o termo de referência para contratar uma empresa para fazer o monitoramento e manutenção dessas estações. Estamos fazendo outro termo para licitar uma contratação de todo cadastro de drenagem do município e instalação de uma sala de situação de software, conforme o plano de ação de drenagem. Antes do final do ano pode ser que saia, agora o outro [sala de situação] é uma licitação um pouco maior”, declarou.
Plano de ação contra enchentes – No dia 29 de março o prefeito Marquinhos Trad (PSD) reuniu vereadores e técnicos para discutir um plano de ação contra enchentes. Na ocasião, o prefeito anunciou, além da intenção de criar a “sala de situação”, a contratação de uma empresa que vai elaborar o mapeamento da drenagem na cidade.
A ideia é ter a participação de todos, parlamentares e técnicos, na elaboração do Plano Municipal Contra Enchentes, com projetos e metas em curto, médio e longo prazos. A prefeitura ainda busca recursos junto ao governo federal para viabilizar as ações.
O monitoramento em dias de chuva apontará por exemplo, duração dos temporais, locais com maior índice pluviométrico, mas não ficará só nos impactos pela cidade. A proposta é trabalhar como um sistema de alerta, assim como previsto em barragens, para avisar quando e onde vai chover aos moradores, Defesa Civil e Agetran, evitando prejuízos materiais e mortes.