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Capital

Funtrab determina desapropriação de prédio e gera revolta em comerciantes

Prédio na Rua Marechal Rondon, reúne produtos e serviços de populações de baixa renda

Adriano Fernandes | 28/10/2021 23:49
Fachada da Central de Comercialização de Economia Solidária. (Foto: Funtrab)
Fachada da Central de Comercialização de Economia Solidária. (Foto: Funtrab)

O FEES-MS (Fórum Estadual de Economia Solidária de Mato Grosso do Sul), divulgou nota de repúdio à Funtrab (Fundação do Trabalho e Emprego), após a fundação determinar a desocupação das salas geridas pelo fórum prédio da CCES/MS (Central de Comercialização de Economia Solidária de Mato Grosso do Sul), na Capital. O espaço de comercialização fica na Rua Marechal Rondon, no Centro.

Reinaugurada em dezembro de 2013, a Central da Economia Solidária reúne produtos e serviços de populações de baixa renda, para comercialização. Dentre os membros da central, há comunidades rurais, comunidades quilombolas e comunidades indígenas e os artesãos(ãs), costureiras e moradores das áreas urbanas.

O espaço também proporciona atendimento de massoterapia, costura, salão de beleza, Capoeira Angola, teatro, tudo chefiado pelos próprios membros da central. Durante a pandemia, obedecendo os decretos estaduais e municipais a CCES interrompeu o funcionamento dos empreendimentos que possuem sede no prédio.

Com o retorno das atividades, os integrantes do fórum se depararam com a reforma do prédio, que inclue a desapropriação dos espaços onde funcionavam as atividades. Em nota o fórum informa que tentou por repetidas vezes se reunir com o presidente do Fundação do Trabalho, Marcos Derzi, mas foi em vão.

"Ao tentar o diálogo porém a resposta foi que: “não abrem mão do piso superior e do mezanino” e que teríamos de desocupar as salas do Fórum, desalojar os Empreendimentos de Capoeira, Teatro, Massoterapia, Costura e administração da CCES, bem como, desestruturar o espaço físico de formação do movimento de Economia do Estado", informou o fórum.

Segundo o FEES-MS a atitude da gestão junto ao Movimento de Economia Solidária representa para "um reflexo da onda de desmandos e desmontes às ações que fortalecem a organização popular em busca da geração de emprego e renda por meio do cooperativismo, associativismo redes e cadeias de produção, comercialização e consumo", conclui.

 Além da coordenação do fórum também assinam a nota de repúdio outras oito entidades, dentre elas a APOMS (Associação de Produtores Orgânicos do MS), Frente Brasil Popular MS e Fetam-MS (Federação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público Municipal de Mato Grosso do Sul).

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