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Furtado pela terceira vez em menos de 1 mês, empresário pede socorro no Centro

Fios de cobre e o padrão de energia são os principais objetos levados da vítima

Antonio Bispo | 27/06/2023 06:59
Denilson tenta inaugurar a faculdade na área central da Capital. (Foto: Paulo Francis)
Denilson tenta inaugurar a faculdade na área central da Capital. (Foto: Paulo Francis)

Tentando abrir uma faculdade de cursos profissionalizantes na região central de Campo Grande, o empresário Denilson Pereira Queiroz, de 53 anos, foi alvo de furto três vezes nos últimos 21 dias, perdendo fios de cobre e o padrão de energia, impedindo que a obra seja finalizada para que o local possa ser inaugurado.

Ao Campo Grande News, Denilson contou que teve um prejuízo de mais de R$ 3 mil por conta dos furtos e que está precisando emprestar a energia da loja ao lado para que os pedreiros consigam utilizar os equipamentos na obra que está em fase final.

“Essa estrutura eu coloquei na sexta-feira (23). Tinha uma outra estrutura, aquela mais simples, mas eles arrancam tudo. Eu tive que colocar espuma expansiva , que custa R$ 100 cada tubo. Cada roubo eu levo R$ 1.100 de prejuízo. Coloquei a espuma expansiva que é para prender o fio, mas mesmo assim eles conseguem roubar”, reclamou.

Estrutura foi reforçada para evitar novos furtos. (Foto: Paulo Francis)
Estrutura foi reforçada para evitar novos furtos. (Foto: Paulo Francis)

Ele relatou, também, que outro problema é o tempo estipulado por parte da Energisa para ligar a energia no prédio. “Eu não posso deixar aqui sem os fios, porque se a Energisa vem, não dá tempo de eu colocar o fio, eu tenho que deixar e correr o risco. O último furto foi na sexta-feira (23), mas o pedido foi solicitado na quarta-feira (21). O último quinto dia útil é amanhã, mas nesse meio tempo já teve um furto. Eu estou pagando R$ 200 para o rapaz olhar pra mim à noite. Eu estou parado”, disse.

Na mesma rua, alguns metros à frente, não foi difícil encontrar outros comerciantes com relatos parecidos aos do Denilson, que acabaram vítimas de furtos tanto de fios de cobre quanto das próprias lojas.

Para Izaltino Fernandes, de 48 anos, dono de um restaurante também localizado na Rua Dom Aquino, são os usuários de drogas que vivem na região os causadores dos delitos e que costumam furtar quem está abrindo algum empreendimento na área central.

“Faz muito tempo que eles não tentam fazer nada aqui. Não sei se é porque a gente conhece eles, mas pra quem está chegando agora, eles acabam fazendo isso. Eu estou aqui há sete anos. Eles já entraram aqui, quebraram a porta, mas tem uns três anos que nada acontece aqui”, contou.

Izaltino tem um restaurante no centro da cidade. (Foto: Paulo Francis)
Izaltino tem um restaurante no centro da cidade. (Foto: Paulo Francis)

Procurada, a Polícia Militar afirmou em nota que são frequentes os atendimentos por parte da corporação envolvendo furto de fios de cobre na região central da Capital.

“De maneira geral, tais ilícitos são cometidos por usuários de entorpecentes que veem na venda dos fios de cobre furtados uma maneira rápida de conseguir recursos para a aquisição de drogas. Quando presos em flagrante delito, são encaminhados para a autoridade policial. No entanto, observa-se um grande número de pessoas reincidentes nessa prática delituosa. A prevenção a esse tipo de crime depende não apenas dos esforços das forças de segurança, mas também dos órgãos de assistência social dos poderes estabelecidos, face à motivação do crime cometido, visto que o objeto (fio de cobre) é o meio e não o fim”, finalizou a nota.

A Energisa também foi procurada quanto ao tempo de espera por parte dos consumidores, para que a energia nos estabelecimentos seja religada. Em nota, esclareceu que, em casos de furto de energia, em que o cliente precisa regularizar a instalação para posteriormente solicitar a religação, o prazo de atendimento é de até cinco dias úteis por se tratar de um serviço comercial de padronização de entrada.

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