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Capital

Garotos relatam à polícia necrofilia e esquartejamento do menino Kauan

Investigação adiciona ao crime mais um capitulo de barbárie

Aline dos Santos e Guilherme Henri | 25/08/2017 10:50
Delegados e Lauretto (centro) e Aline Sinnot (à direita) participaram de entrevista coletiva hoje.  (Foto: Marcos Ermínio)
Delegados e Lauretto (centro) e Aline Sinnot (à direita) participaram de entrevista coletiva hoje. (Foto: Marcos Ermínio)

A coletiva sobre a morte do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, adiciona ao crime mais um capitulo de barbárie. Quatro adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, afirmam que foram obrigados a praticar necrofilia (sexo com cadáver) e testemunharam o suspeito Deivid Almeida Lopes, 38 anos, esquartejar o corpo do menino. Preso desde 21 de julho, o adulto nega o crime.

Até então, um adolescente de 14 anos já havia revelado que no dia 25 de junho levou o garoto até à casa do professor, título com o qual o suspeito se apresentava por já ter dado aulas. Onde, por ordens de Deivid, segurou as mãos do menino para que o preso o violentasse. A criança foi amordaçada e desfaleceu.

De acordo com o titular da da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), delegado Paulo Sérgio Lauretto, como não foi localizado o corpo, não é possível informar a causa e momento da morte.

Na sequencia, três outros adolescentes entram na casa de Deivid, no bairro Coophavila 2, em busca de dinheiro. Eles queriam ir a uma festa no bairro e tinham por hábito ir à residência, onde obter dinheiro estava condicionado à prática de abusos.

Primeiro, chegaram ao imóvel os adolescentes de 14 e 16 anos, mas Deivid teria requisitado a presença de um terceiro, este de 15 anos. Eles relatam que foram trancados na casa, ameaçados com um revólver (não localizado na investigação, mas que aparece em foto no seu celular) e obrigados a ter relações com o garoto. Abrindo a possibilidade de o menino ter sido violentado até depois da morte.

Em seguida, o suspeito pegou um facão e esquartejou o corpo no quarto. Conforme a a delegada Aline Sinnot, titular da Deaij (Delegacia. Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), os restos mortais da criança foram colocados em um saco preto, acondicionado no porta-malas do carro do preso.

Próximo ao Caic, na avenida Ernesto Geisel, o saco foi deixado às margens do rio Anhanduí, sobre uma pedra. Depois, o adulto deixou os adolescentes em casa. A polícia acredita que Deivid retornou ao local e despedaçou o corpo. Os adolescentes de 14 anos foram apreendidos e os demais liberados.

Deivid vai ser indiciado por três estupros de vulnerável, cinco casos de exploração sexual, um de corrupção de menor, ocultação de cadáver e posse de material pornográfico.

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