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Capital

Genro de Olarte usa portão lateral para acessar o Gaeco e evitar imprensa

Antonio Marques e Filipe Prado | 09/09/2015 12:50
Genro do prefeito afastado Gilmar Olarte, Daniel Daige, depôs hoje no Gaeco como testemunha no inquérito da operação Coffee Breack (Foto: Reprodução Facebook)
Genro do prefeito afastado Gilmar Olarte, Daniel Daige, depôs hoje no Gaeco como testemunha no inquérito da operação Coffee Breack (Foto: Reprodução Facebook)

A segunda pessoa a depor hoje na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) foi o genro do ex-prefeito afastado Gilmar Olarte (PP), Daniel Elias Daige, que até o ano passado atuava na Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). A imprensa não teve contato com o depoente, por ele ter acessado ao órgão por uma porta lateral.

De acordo com a assessoria de imprensa do MPE (Ministério Público Estadual), Daniel Daige entrou pelo portão lateral, acompanhado pelo advogado Jail Azambuja, mesmo profissional que defende Gilmar Olarte, sem o consentimento do órgão. Seu depoimento estava marcado para as 10h30min, mas teria chego por volta das 9h50min.

A assessoria ainda negou que Daniel Daige teria sido privilegiado pelo MPE, porém, pelo mesmo portão lateral, que dá acesso à PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) e ao Gaeco, que ele entrou, também saiu, evitando o contato com a imprensa, que acompanha os depoimentos no órgão. A partir de agora, de acordo com a assessoria, o portão lateral vai permanecer trancado.

Conforme a assessoria do Ministério Público, Daniel foi ouvido com testemunha no inquérito da operação Coffee Breack, que investiga a compra de votos de vereadores para cassar o mandato do prefeito Alcides Bernal, em março de 2014.

Primeiro – O empresário e produtor rural Luiz Pedro Gomes Guimarães, primeiro a depor hoje, disse, ao sair do Gaeco, por volta das 12h20min, que seu depoimento durou cerca de 20 minutos e foi ouvido como testemunha no inquérito. “Fizeram algumas perguntas sobre a Comissão Processante, mas tudo normal”, considerou ele, que foi um dos autores do pedido da Processante que cassou Bernal.

Ainda conforme Pedro Guimarães, ele teria sido citado em algumas ligações telefônicas gravadas pelo Gaeco com autorização da Justiça e por isso o Ministério Público o chamou a depor. “Não considero nada comprometedor e me coloquei à disposição da justiça”, concluiu.

O Campo Grande News ligou ao advogado Jail Azambuja para saber mais detalhes do depoimento de Daniel Daige, mas o profissional não atendeu as ligações.

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