Governo apresenta proposta agora à tarde para evitar greve dos professores
Em reunião ocorrida no gabinete do governadoria na manhã de hoje, 20, com representantes da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), o governo não apresentou proposta concreta e os educadores deram um prazo até as 13:30 de hoje, senão ameaçam manter o indicativo de greve a partir de segunda-feria, 25.
O presidente da Fetems, Roberto Botarelli, foi recebido pelo secretário de Governo e Gestão, Eduardo Riedel, a secretária de Educação, Maria Cecília da Mota, o assessor Legislativo do Governo, Felipe Mattos, e o procurador geral do Estado, Adalberto Neves Miranda. A reunião iniciou ás 8:20 e, ao final de mais de duas horas, pouco avançou nas negociações.
Roberto Botarelli disse que o governo chegou a sugerir algo, começar a pagar os 10,98%, para compor os 30% que restam para integralizar o piso salarial do professor, a partir de 2016 durante oito anos, o que foi recusado pelos representantes da Federação, incluindo o tesoureiro, Jaime Teixeira, o advogado Ronaldo Franco, o secretário de administrativo da Educação, Wildes Ovando, e o secretário de políticas púclicas, Plácido da Rosa.
No término da reunião, a secretária de Educação Maria Cecília da Mota disse que o governo é a favor do reajuste solicitado pelos professores, mas que é necessário cautela nas negociações para evitar problemas no futuro. “Estamos tendo cautela nas contas para podermos cumprir o pagamento”, afirmou ela, acrescentando que sua expectativa é que não ocorra paralisação da categoria.
Os sindicalistas deram prazo até as 13:30h de hoje para que o governo apresente algo concreto no sentido de pagar parte dos 10,98% ainda neste ano. Às 14 horas acontece a reunião da direção da Fetems com os presidentes dos sindicatos municipais dos trabalhadores em educação. “Nesta reunião vamos apresentar a proposta do governo. Na quinta-feira vão ocorrer as reuniões nos municípios com professores. Eles vão decidir se acatam ou não a posição do Estado”, explicou Roberto Botarelli.
Mais reuniões – depois da reunião com representantes da Fetems, os secretários permaneceram no gabinete para receberem o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis). Ainda receberiam pela manhã, os dirigentes da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros).
Na agenda da tarde, aconteceriam reuniões com sindicalistas do Sintess (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social), o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária) e do Sinder (Sindicato dos Trabalhadores do Dersul e Agesul).
Segundo a assessoria do Governo, todas as reuniões vão tratar de negociações salariais dos servidores do Estado. O presidente da ACS, Edimar Soares da Silva, ao chegar a Governadoria, disse que esperava uma proposta além do reajuste zero, apresentado anteriormente, mas sua expectativa de avanço seria uma conversa com o próprio governador Reinaldo Azambuja, que pode ocorrer na próxima semana. “O Reinaldo ficou de nos receber na outra semana e aí esperamos avançar nas negociações”, relatou.
Os policiais militares e bombeiros realizam assembleia geral no próximo dia 30 e há ameça de aquartelamento na pauta se não houver reajuste salarial em 2015. Edmar lembrou que o governo anterior recebia as propostas dos servidores e marcava outra reunião para uma resposta, positiva ou negativa. “Havia uma dinâmica que não aconteceu até o momento”, reclamou o presidente da ACS.