Governo recomenda presídio da Capital para transferir maior bicheiro do RJ
Rogério Andrade foi preso no dia 29 de outubro acusado de mandar matar rival nos negócios
A Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) recomendou à Justiça que o bicheiro Rogério Costa de Andrade e Silva, 61, o maior contraventor do Rio de Janeiro, seja transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande. Por aqui, há outro acusado de crimes cometidos na capital fluminense, o deputado federal Chiquinho Brazão, réu por mandar matar a vereadora Marielle Franco.
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O bicheiro Rogério Andrade, acusado de ordenar o assassinato de Fernando Iggnacio, foi recomendado pela Senappen para ser transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande, onde também se encontra o deputado federal Chiquinho Brazão, réu por mandar matar a vereadora Marielle Franco. A decisão, tomada pela 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, visa garantir um regime disciplinar diferenciado para Andrade, que já havia cumprido pena em Campo Grande com seu rival, Fernando Iggnacio. A transferência ainda depende de logística e segurança, além da escolha da unidade mais adequada por parte da Senappen.
Rogério Andrade foi preso no dia 29 de outubro acusado de ordenar o assassinato de Fernando Iggnacio, seu rival nos “negócios”. Desde então, ele está isolado em cela do Presídio Bagu I. A recomendação, contudo, é que o bicheiro seja levado para unidade penal longe do Rio.
Fernando Iggnacio e Rogério Andrade já estiveram juntos no presídio federal sul-mato-grossense há mais de 10 anos. Em 2007, ambos foram trazidos para a Capital e, em 2009, Andrade conseguiu a liberdade. O contraventor herdou os pontos do jogo do bicho do tio, Castor de Andrade, em 1997.
De acordo com o apurado pelo jornal O Globo, a 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro já determinou que Andrade seja transferido para penitenciária onde vigore o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), como diz o próprio nome, mais rígido. A transferência ainda não foi feita porque era necessário que a Senappen, que é subordinada ao Ministério da Justiça, escolhesse a unidade mais adequada para encaminhá-lo, além de planejar o esquema de logística e segurança.
A recomendação sobre a transferência costuma ser o resultado de uma análise de inteligência que leva em conta o perfil do preso, quem estará com ele na unidade penitenciária e ainda o contexto do crime de que ele é acusado.
O assassino confesso de Marielle, Ronnie Lessa, que já trabalhou para Rogério Andrade, também já passou pelo presídio federal de Campo Grande, mas atualmente, está encarcerado no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo.
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