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Capital

Grupo de sem-teto ocupa área no Caiobá para pressionar por residencial

Michel Faustino e Adriano Fernandes | 12/06/2015 17:33
Cerca de 100 pessoas, entre crianças e adultos, estão no local. (Foto:  Edivaldo da Silva Cabral)
Cerca de 100 pessoas, entre crianças e adultos, estão no local. (Foto: Edivaldo da Silva Cabral)
Uma casa de alvenaria construída irregularmente no local foi derrubada. (Foto: Edivaldo Cabral)
Uma casa de alvenaria construída irregularmente no local foi derrubada. (Foto: Edivaldo Cabral)

Cerca de 100 pessoas ocupam uma área, onde está instalado um campo de futebol, no Bairro Caiobá, em Campo Grande, desde a manhã desta sexta-feira (12). Os moradores demarcaram toda a área do terreno, onde há a previsão de instalação de dezenas de barracos de madeira e lona. Mais pessoas chegam ao local a todo instante. Segundo um dos sem-teto, o grupo cobra à liberação de casas do Residencial Celina Jallad, que fica há menos de 500 metros do local.

Mônica Pereira da Silva, de 41 anos, diz que está desempregada e decidiu ir para o local com a irmã, a filha e os dois netos. Ela diz que chegou às 05h da manhã.

Segundo ela, todo o espaço está sendo dividido e a família ficará com três vagas, onde posteriormente serão instalados barracos individuais para ela, a filha e a irmã.

Daiane Santos Silva, 26 anos, diz que o grupo resolveu ocupar a área por conta da demora na liberação das casas do residencial.

“Tem um monte de casa pronta e eles não entregam. Tem um monte de gente aqui que tem inscrição e não tem nem previsão para entregar. E o pior é que tem gente que já pegou e está vendendo na internet”, disse.

Segundo o técnico de redes Edivaldo da Silva Cabral, 28 anos, por volta das 15h30, servidores da Agehab (Agência Estadual de Habitação) estiveram no local acompanhados de agentes da Guarda Civil Municipal pedindo a retirada do grupo. Uma casa de alvenaria construída no local foi destruída.

Residencial - Iniciadas em 2012, as obras dos residenciais Celina Jallad, no Caiobá 2 – sudoeste da Capital – com 1.498 casas, e Rui Pimentel, no jardim Centro-Oeste – na região sul – com 260 residências, estão na fase de acabamento e com pendências de documentos.

Conforme a Caixa Econômica, burocracias com habite-se e matrículas dos imóveis individualizadas, além do fato das moradias não estarem totalmente concluídas, alteraram a previsão de entrega.

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