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Capital

Grupo protesta contra morte de índios e pede agilidade em demarcações

Priscilla Peres e Mariana Rodrigues | 03/09/2015 16:54
Teatro Maracangalha encenou peça sobre Marçal de Souza. (Foto: Vanessa Tamires)
Teatro Maracangalha encenou peça sobre Marçal de Souza. (Foto: Vanessa Tamires)
Eles defendem a demarcação de terras . (Foto: Vanessa Tamires)
Eles defendem a demarcação de terras . (Foto: Vanessa Tamires)

Cerca de 100 pessoas, na maioria jovens, se reuniram nesta tarde na praça das Águas em protesto a morte de indígenas e pedindo celeridade na demarcações de terra em Mato Grosso do Sul. Os manifestantes vão caminhar até a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) onde farão um velório simbólico.

Antes de sair em caminhada, o Teatro Imaginario Maracangalha apresentou uma peça sobre o indígena Marça de Souza, morto em 25 de novembro de 1983 durante conflito indígena na aldeia Campestre, em Antonio João. Mesmo local onde no sábado passado o indígena Semião Vilhalva, 24, foi morto com um tiro na cabeça.

Os manifestantes fazem parte de vários movimentos sociais, como MST (Movimento Sem Terra), Cut (Central Unica dos Trabalhadores), Tribunal Popular da Terra, Juventude Psol, Coletivo Terra Vermelha e estudantes da UFMS (Universidade Federal de MS).

Priscila Anzoategui, faz parte do Coletivo Terra Vermelha, é um dos movimentos que está abraçando a calça. Ela explica que carregando um caixão, eles vão andar em cortejo até a frente da Famasul "Este é um ato de luto que responsabiliza não só o estado, mas também os produtores rurais que incitaram ódio".

Agnes Viana, da juventude anticapitalista, disse que acha que os jovens ainda não são tão conscientizados, por causa da mídia que nem sempre mostra os dois lados, e por isso hoje eles fazem a manifestação, como forma de chamar a atenção para o problema.

O lema do movimento é questionar a sociedade sobre "quanto sangue ainda vai ter que ser derramado, para que as terras indígenas sejam demarcadas e até que ponto vai essa impunidade".

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