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Política

Ministro da Justiça passa um dia no Estado para pacificar índios e fazendeiros

Paulo Yafusso | 01/09/2015 16:05
Para evitar novos confrontos, Força Nacional e Exército foram deslocados para a região do conflito (Foto; Marcos Ermínio)
Para evitar novos confrontos, Força Nacional e Exército foram deslocados para a região do conflito (Foto; Marcos Ermínio)

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vem a Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira discutir o conflito agrário entre índios e fazendeiros na região sul do Estado. A assessoria dele confirmou a vinda, mas informou que a agenda só será fechada no final da tarde, mas em princípio Cardoso não deve ir à região de Antonio João, onde o índio Kaiowá Guarani Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, foi morto a tiros provavelmente de arma calibre 22, próximo ao córrego que passa pela Fazenda Fronteira, ocupada pelos indígenas.

A partir das 10h a Governadoria passará a ser uma espécia de gabinete do ministro José Eduardo Cardozo. Junto com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), estará reunido com os representantes da Procuradoria-Geral da República, STF (Supremo Tribunal Federal), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Funai (Fundação Nacional do Índio).

De acordo com a assessoria do Governo do Estado, depois, ambos passam a se reunir separadamente com o arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa, representantes dos produtores rurais e lideranças das principais etnias indígenas do Estado. No final da tarde, antes do retorno a Brasília, José Eduardo Cardozo concede entrevista coletiva à imprensa, por volta das 16h30.

A participação do arcebispo Dom Dimas é justificada porque o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) é ligada a igreja católica, e os produtores têm atribuído a essa organização a articulação dos indígenas para as invasões de fazendas no Estado. Para evitar novos confrontos, o Governo do Estado solicitou, e o Governo Federal, liberou a presença de órgãos de segurança como a Força Nacional e o Exército na região.

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