Grupo tenta protestar em frente à Prefeitura, é barrado, mas promete voltar
Manifestantes marcaram novo protesto para domingo à tarde, se prefeito Marquinhos Trad não se posicionar até lá
Depois que muitos veículos já haviam dispersado da carreata, um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio policial para protestar em frente à Prefeitura de Campo Grande. Eles querem que Marquinhos Trad (PSD) retroceda nas decisões tomadas para frear o avanço do coronavírus em Campo Grande e, dentre outros afrouxamentos das medidas restritivas para quarentena por tempo indeterminado, autorize a reabertura do comércio e a volta às aulas.
Os manifestantes foram impedidos por agentes de trânsito e da Guarda Municipal que estava no local, mas prometeram voltar. “O intuito era ir até a frente, não depredar, apenas demonstrar nossa indignação e vontade de trabalhar. O prefeito trancou a rua, ele achou que todo mundo iria dispersar, mas agora começamos a nos organizar”, explicou Marcio.
Durante a conversa tensa com os agentes, distância segura? Os ao menos 1 metro e meio para não contrair o novo coronavírus. Nem pensar.
O grupo decidiu convocar outro protesto para o domingo à tarde. “Agora já dispersou muita gente”, explicou o construtor Marcio Barrueco.
Ali na hora, manifestantes trocaram os números de WhatsApp para organizar a próxima intervenção. Os mais afoitos queriam voltar amanhã, mas outro disseram que era melhor dar um tempo para ver se Marquinhos Trad se posiciona. Veja:
O empresário Paulo Roberto Dávalo, quer reabrir na segunda-feira. “Tenho 12 funcionários, preciso reabrir”, disse sem informar que tipo de comércio ou prestadora de serviço ele toca.
A confusão foi depois que a carreata dobrou os altos da Avenida Afonso Pena. A fila começou a se formar na região do Camelódromo, teve de desviar do Paço Municipal que foi cercado, chegou nos altos da Afonso Pena e fez o retorno na avenida. Mais ou menos na altura do Shopping Campo Grande de volta, manifestantes começaram a dispersar.
Os integrantes da carreata querem o fim da quarentena para todos. Eles são adeptos à proposta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de isolamento vertical, que basicamente prevê o confinamento somente de idosos e pessoas que integram grupos de risco. O temor é a recessão econômica, que empresas quebrem.
Em Campo Grande, a prefeitura determinou o fechamento de quase tudo e toque de recolher como medidas de contenção ao avanço do coronavírus na cidade.