Guarda vai atender botão do pânico e terá equipe 24h contra violência doméstica
A Guarda Civil Municipal de Campo Grande instituiu a Patrulha Maria da Penha, dedicada exclusivamente às ocorrências de violência doméstica. A corporação passou a atender também, desde ontem (02), chamados por meio do botão do pânico – aplicativo de celular pelo qual as vítimas podem emitir chamado de socorro instantâneo com localização via GPS.
De acordo com o secretário municipal de segurança pública, Valério Azambuja, foi montada base na Casa da Mulher Brasileira, no Jardim Imá, com 30 servidores e duas viaturas caracterizadas. “Vamos atuar dentro da Casa, em turnos de 24 por 48 horas, no combate aos casos de violência doméstica, em parceria com as demais entidades como o Ministério Público Estadual, a Delegacia da Mulher e a Defensoria Pública”, explicou.
O secretário explica que o objetivo é dar celeridade ao processo de atendimento. A viatura mais próxima irá se deslocar, até a chegada da Patrulha Maria da Penha. “Tem que ser rápido para garantir a segurança da vítima e a repreensão do autor”, disse Azambuja, lembrando que o projeto ainda está em fase experimental, mas que há possibilidade de ampliação. “Estamos em testes, mas temos o objetivo de por pelo menos uma viatura especializada em cada um dos nove postos da Guarda na Capital”, explicou.
Casa da Mulher - A Casa contará com delegacia especializada de atendimento à mulher, juizado, defensoria, promotoria, equipes psicossocial e de orientação para emprego e renda, além de brinquedoteca e área de convivência. A ação faz parte do Programa Mulher Viver sem Violência da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR).
Na Casa, as mulheres terão acesso a todas as informações e ao atendimento que precisarem quando sofrerem violência de gênero. Após a inauguração oficial, nesta terça-feira (03), a 1ªDeam (Primeira Delegacia de Atendimento Especializado a Mulher) vai dar início aos trabalhos para registrar e julgar os casos de violência doméstica, 24h. A expectativa é que o número de atendimentos, que hoje é 70 por dia, suba para 250.