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Capital

Guardador de carros vira réu por matar acadêmico da UFMS

Denúncia foi aceita pelo Justiça; Maranhão é acusado de homicídio doloso, ocultação de cadáver e furto

Gustavo Bonotto | 11/04/2023 20:10
Railson de Melo Ponte, 27 anos, conhecido como “Maranhão”, quando foi preso no dia 8 de março. (Foto: Reprodução)
Railson de Melo Ponte, 27 anos, conhecido como “Maranhão”, quando foi preso no dia 8 de março. (Foto: Reprodução)

A Justiça de Campo Grande recebeu a denúncia contra Railson de Melo Ponte, de 27 anos, acusado de matar o acadêmico Danilo Cezar de Jesus Santos, 29. O réu, conhecido pelo apelido de "Maranhão", responderá por três crimes. São eles: homicídio doloso (quando há intenção de matar), ocultação de cadáver e furto.

A manifestação foi assinada pelo juiz de Direito da 2º Vara do Tribunal do Juri, Aluizio Pereira dos Santos, no dia 29. De acordo com os autos a qual o Campo Grande News teve acesso, a primeira audiência foi marcada para o dia 26 de junho, quarta-feira, às 13h30. Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas de acusação.

Com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aceita, Maranhão deve ir a júri popular. Vale ressaltar que a pena dele pode ultrapassar 10 anos em regime fechado.

Para a promotora Luciana do Amaral Rabelo, responsável pela denúncia, o acadêmico foi vítima de emboscada. Ela pede inclusive a punição do assassino confesso do estudante por ter agido por motivo torpe, utilizando meio cruel e mediante “traição ou emboscada” – agravantes para crime de homicídio, previstos no Código Penal.

“Railson de Melo Ponte aplicou na vítima um golpe conhecido como ‘mata-leão’, aproveitando-se para em seguida, com o uso de objeto contundente, desferir golpe contra a cabeça da vítima, causando-lhe a morte”, diz trecho da denúncia, baseada não só na investigação policial, mas também no laudo de médico legista que concluiu como causa da morte “traumatismo cranioencefálico por ação contundente”, pontuou.

A investigação policial concluiu que Railson matou Danilo ao cobrar R$ 50 da vítima. Além disso, o relatório do inquérito policial, encaminhado para a Justiça no dia 17 de março, mostra o desprezo do assassino confesso por homossexuais, ponto que não foi explorado pela acusação.

O acadêmico da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), segundo amiga revelou à polícia, havia acabado de receber reajuste em bolsa de estudos e saiu, na noite do dia 4 de março, para comemorar. Ele foi visto pela última vez na manhã do dia 5 e o corpo foi encontrado no dia 8.

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