Há 24h famílias esperam vistoria para poder entrar em bloco interditado
Doze familias aguardam laudo para voltarem pra casa
Após o incêndio que consumiu um apartamento do bloco M, no residencial Arvoredo, o Corpo de Bombeiros interditou o bloco com 12 apartamentos, da Rua da Divisão no Bairro Monte Alegre, em Campo Grande. Os moradores foram impedidos de entrar em casa hoje e aguardam vistoria para liberar a entrada.
O local amanheceu com fita zebrada e uma placa descrevendo a interdição, além de uma grande rachadura na lateral.
Sentadas desde às 7h em frente ao bloco, Lindineia Penariol e a vizinha Cristiane Feitosa aguardam a Defesa Civil para que possam entrar e pegar, pelo menos, roupas e comida. Após o fogo, ambas tiveram que passar a noite na casa de parentes e hoje pediram marmitex.
“A gente ainda tem família, mas muitos moradores tiveram que pagar hotel do próprio bolso por não ter ninguém perto”, contou Lindineia. Ontem, após o incêndio, o Corpo de Bombeiros liberou a retirada de alguns produtos, não o suficiente segundo as mulheres.
Ainda não há informações do que teria motivado o incêndio. No momento ambas aguardam a defesa civil sem previsão. “A gente liga, mas um joga pro outro. A Defesa Civil fala que não é com eles”, diz Cristiane Feitosa de 41 anos. “Estou com cabelo e roupa cheirando fumaça, porque não consegui pegar muita coisa. Eu tenho criança pequena ainda”, reclama.
A Perícia da Policia Civil também já foi ao local.
Cleonice Lima, sindica do residencial disse à reportagem que depende do laudo da Defesa Civil para então dar entrada no seguro e posteriormente contratar uma empresa para fazer o reparo do bloco.
No momento do incêndio, Cleonice estava abalada “É como se tivesse em uma cena de filme de terror”, descreveu.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a vistoria foi realizada ainda no local após o incêndio e toda documentação estava certa.
O Campo Grande News fez o caminho oficial em busca de uma solução para o s moradoes, mas encontrou um "jogo de empurra".
A Defesa Civil alega que faz apenas gestão de risco e de desastres e que só a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) tem profissionais habilitados para emitir parecer e interditar edificações
A reportagem entrou em contato com a Semadur, que negou cumprir essa função e jogou a responsabilidade para a Defesa Civil.