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Capital

“Só quero sustentar a minha família”, diz ambulante denunciado por comerciante

Comerciante da região que pediu para não se identificar, reclamou do vendedor ambulante que não paga imposto

Por Viviane Oliveira | 18/01/2025 15:15
“Só quero sustentar a minha família”, diz ambulante denunciado por comerciante
Espetinho no canteiro central da Rua da Divisão, no Jardim Parati (Foto: Direto das Ruas)

Homem de 40 anos, proprietário do espetinho no canteiro central da Rua da Divisão, no Jardim Parati, em Campo Grande, que foi denunciado por comerciante, afirma não querer confusão com ninguém, mas apenas trabalhar para sustentar a sua família, inclusive as três filhas, uma delas especial.

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Um vendedor ambulante de espetinhos, que atua no canteiro central da Rua da Divisão em Campo Grande, expressou seu desejo de trabalhar honestamente para sustentar sua família, incluindo uma filha com necessidades especiais. Apesar de ser denunciado por um comerciante local por não pagar impostos, o vendedor afirmou que está disposto a regularizar sua situação e já buscou informações sobre como obter a licença necessária. Ele destacou que não tem a intenção de causar problemas e que a venda de espetinhos é sua única opção de sustento, enfatizando sua determinação em trabalhar e cuidar de sua família.

Ontem, comerciante da região que pediu para não se identificar, reclamou do vendedor ambulante que não paga imposto e há cerca de duas semanas montou barraca para vender espetinho no canteiro central, em frente a uma pizzaria. A reportagem foi sugerida por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

Conforme o  vendedor, que também preferiu não se identificar, não se opõe a pagar imposto para ficar no ponto e entende o lado dos comerciantes. “Eu já fui na prefeitura, não me recuso a pagar imposto. Estou desempregado, quero trabalhar honestamente. A única opção que tenho é tentar vender espetinho ali, sou novo no bairro. Não estou mexendo com ninguém, nem com coisa errada”, destacou.

Quanto ao pagamento de imposto, questionado pela comerciante, o vendedor ambulante justificou que vai correr atrás de autorização para trabalhar de forma correta. “Eu pago imposto sim, da mercadoria que compro e de cada coisa que coloco para vender ali. Só quero poder trabalhar em paz e comprar os medicamentos da minha filha. Sou pai de família. Vou batalhar, não vou desistir”, afirmou.

Segundo ele, já fez amizade com a maioria dos comerciantes da rua, que estão o apoiando. “Se a Semadur [Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano] me der autorização, com certeza eu vou pagar o tributo com muito orgulho para trabalhar certinho”. Ele afirmou ainda que fez curso de manipulação de alimentos e tem carteirinha de vigilância sanitária e agora vai lutar pela licença.

Conforme a nota encaminhada pela prefeitura, o Código de Polícia Administrativa do Município determina que o exercício do comércio ambulante e/ou artesanal dependerá de licença especial, a ser expedida pelo órgão municipal competente.

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