Morador vê bairro isolado por cratera e ruas destruídas: “acordamos ilhados”
As duas vias alternativas, NE2 e NE3, também estão intransitáveis, com lamaçal e poste caído no meio da via
Com rua fechada pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) por causa da cratera, próximo à Uniderp Agrárias, no Bairro Chácara dos Poderes, os moradores afirmam que as duas vias alternativas, NE2 e NE3, também estão intransitáveis, com lamaçal e poste de iluminação no chão. “Nesses 40 anos que moro aqui, nunca tinha visto isso acontecer nesta dimensão", lamentou o empresário Edson Guzzella, de 63 anos.
RESUMO
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A chácara de Edson fica localizada no final da NE3. “Ontem estávamos em casa durante a chuva e hoje acordamos ilhados. Não conseguimos passar, de um lado tem a cratera e do outro lado tem uma árvore caída. Agora encontramos uma via alternativa, mas também está cheia de buracos. Foi feita uma obra de drenagem pela prefeitura há cerca de 2 meses, mas eles não colocaram manilhas para a água passar por baixo. A água vem lá de cima levando tudo”, destacou.

A caminho do trabalho, a diarista Rosiane Rodrigues, de 43 anos, tentava passar a pé na rua NW2. “Agora ficou mais difícil. Eles colocaram manilhas e só jogaram terra. O solo ficou fofo e a drenagem não funcionou. Estou quase caindo aqui. Se alguém doente precisar, a ambulância não chega. Como vou trabalhar?”, perguntou.
O aposentado João da Cruz, de 68 anos, contou que desde o fim do ano não tem “mais rua” no entorno. “Passamos nesta rua só porque somos obrigados. Esse buraco não estava aqui antes, mas inventaram essa tubulação, a enxurrada já levou tudo”, reclamou.
Segundo Moisés Caveski, de 62 anos, na última chuva caíram 120 metros do muro de sua casa, porque antes a água era absorvida na rua e disseminada por toda a região. “Mas a obra mandou toda a água para cá. Não teve planejamento, todo mundo já sabia que a tubulação que foi feita aqui não ia aguentar. O volume de água é muito grande”, destacou.
Nesta manhã, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, falou sobre a situação do bairro. “Foi uma chuva torrencial, com vários estragos na cidade. Já tinha uma erosão e a chuva não parou, comprometeu mais ainda”, comentou.
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