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Capital

Há 3 anos, motorista de aplicativo pede justiça após sofrer assédio

Segundo a vítima, até hoje, autor não foi punido pelo crime de importunação sexual

Karine Alencar e Geniffer Rafaela | 07/06/2022 15:56
Motorista de aplicativo assediada em 2019 (Foto: Paulo Francis)
Motorista de aplicativo assediada em 2019 (Foto: Paulo Francis)

Há três anos, uma motorista de aplicativo, de 34 anos, busca a justiça para tomar providências contra um passageiro que a assediou durante uma corrida na região central de Campo Grande, ainda em 2019. Nesta terça-feira (7), ela retornou à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para saber sobre as atualizações do caso e, mais uma vez, voltou para casa de mãos vazias.

Segundo a vítima, já é a terceira vez que vai até o local em busca de respostas por parte das autoridades e a informação que tem, é de que o autor do assédio ainda não chegou a responder ação penal. A única justificativa que encontrou, é de que os trâmites foram interrompidos em razão da pandemia.

O episódio aconteceu no dia (27) de outubro de 2019, por volta das 2h, quando a motorista foi surpreendida ao passar pela Avenida Fernando Corrêa da Costa e o homem mandar que ela parasse o carro para que os dois pudessem ter relações. Repentinamente, o suspeito falou: "Encosta o carro porque quero transar com você".

A mulher conta que ficou muito assustada e imediatamente, acelerou o veículo em direção ao posto de gasolina mais próximo do local. Em seus relatos, ela lembra que o homem tirou toda a roupa durante o trajeto e por pouco, não a tocou. Ao chegar no estabelecimento, ela correu e pediu ajuda para alguns desconhecidos, situação em que obrigou o homem a descer do veículo e depois, foi para a delegacia registrar boletim de ocorrência.

Traumatizada, ela quase deixou o trabalho, mas decidiu suspender as corridas noturnas para não cortar a única fonte de renda. Na época, a delegada até então responsável pelo caso, Fernanda Mendes, havia solicitado que os dados do suspeito fossem repassados à polícia.

Conforme apurado pela equipe de reportagem, ele poderia responder por importunação sexual, cuja pena varia de 1 a 5 anos de prisão. A equipe de reportagem esteve na Deam nesta terça-feira, mas não obteve informações sobre o andamento do inquérito. O Campo Grande News acompanha situação.

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