Hackathon da Águas Guariroba revela projetos para o setor de saneamento
O termo por si só já é inovador: hackathon, junção entre hacker e marathon - o primeiro são as pessoas que possuem vasto conhecimentos em sistemas de informática, enquanto o segundo é maratona em inglês. E a inovação marcou o Hackathon da Águas Guariroba, promovido na sexta-feira (2), sábado (3) e domingo (4) passados.
O evento foi realizado no Living Lab MS, do Sebrae-MS, e contou várias equipes tentando provar aos jurados que seus projetos, executados em três dias de maratona de tecnologia, eram os melhores. Eles foram divididos nas categorias "Diagnóstico de vazamentos" e " Comunicação com clientes".
Ao todo, foram somadas 45 horas de trabalho com a participação de 73 candidatos, que em equipes, tentaram desenvolver para dois temas propostos. Essa foi a primeira vez que a competição teve o saneamento básico como tema.
"Com este evento queremos estimular o mercado e os profissionais de tecnologia aqui em Campo Grande, promovendo este ambiente onde técnicos e pessoas que tem um conhecimento bastante aprofundado vão ajudar a resolver desafios reais na gestão dos serviços de água e esgoto", comenta o diretor executivo da Águas Guariroba, Josélio Alves Raymundo.
Além do tempo, algumas regras fizeram com que a maratona de programação fosse ainda mais intensa, como o impedimento das equipes saírem do Living Lab, exceto em um período de duas horas, um integrante por vez, e a impossibilidade de levar algo já pronto, o que obrigou que as todas as soluções apresentadas fossem criadas no local.
Ao final, todos os trabalhos foram avaliados por um júri formado por especialistas na área técnica e de negócios. Foram momentos de expectativa até a hora da premiação, que foi de R$ 10 mil para os primeiros colocados e R$ 3 mil para as equipes que ficaram em segundo.
De acordo com o presidente da Águas Guariroba, Guillermo Deluca, a aplicação das ideias criadas no hackathon não se limita a Campo Grande. Hoje a holding da qual a empresa faz parte, a Aegea Saneamento, atua em 44 municípios em nove estados do país, além da Capital.
"Qualquer inovação ou tecnologia que se desenvolva e seja realmente eficiente pode ser replicada em qualquer uma dessas cidades. É uma bela possibilidade para desenvolver e fomentar novas empresas".
Após o hackathon, a equipe do Living Lab MS vai oferecer orientações para que as ideias sejam desenvolvidas e tenham condições de se tornar um projeto finalizado e até, quem sabe, possam virar um negócio.
"Nosso foco maior são startups, que são negócios ágeis, que fazem sentidos para uma sociedade e que tem como oportunidade de negócio resolver um problema existente", afirma Leandra Costa, coordenadora do Living Lab MS.