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Capital

Homem abusou das filhas e enteados por dois anos, afirma delegada

Crimes foram descobertos após garota de 9 anos revelar à prima os abusos; investigações se estenderam por 2 semanas e adolescente de 15 responderá por ato infracional

Humberto Marques e Kerolyn Araújo | 28/01/2019 15:59
Anne Karine Trevisan, adjunta da DPCA, confirmou que crianças foram levadas para atendimento psicossocial e adolescente à Deaij; suspeito foi preso. (Foto: Kerolyn Araújo)
Anne Karine Trevisan, adjunta da DPCA, confirmou que crianças foram levadas para atendimento psicossocial e adolescente à Deaij; suspeito foi preso. (Foto: Kerolyn Araújo)

O pedreiro de 31 anos suspeito de estuprar as duas filhas, de 8 e 9 anos, bem como abusar dos enteados –de 11 e 15 anos, que também eram incentivados por ele a manterem relações com as meninas– foi alvo de investigações da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) ao longo de duas semanas, depois que o caso chegou à mãe das vítimas. O acusado, que era casado com ela há 12 anos, foi preso nesta segunda-feira (28) e será encaminhado a uma unidade penal de Campo Grande. Ele teria cometido os crimes ao longo de dois anos, segundo as autoridades.

Os crimes ocorreram na casa da família, no Aero Rancho –sul da Capital. O caso veio a público depois que uma prima das meninas contou à mãe que a filha mais velha, de 9, relatou ter sido abusada. Foram duas semanas de investigação, conforme explicou a delegada-adjunta da DPCA, Anne Karine Trevisan, até a prisão.

Anne Trevisan afirma que as informações levantadas até aqui apontam que os estupros começaram há aproximadamente dois anos. A mãe, em depoimento, confirmou ter casada com o preso há 12 anos e, neste período, nunca desconfiou ou ouviu os filhos falaram sobre abusos.

Os depoimentos colhidos até aqui ainda apontam que o suspeito não só abusou das filhas, como obrigava os seus enteados a estuprarem as meninas. “De um tempo para cá ele não os obrigava mais, mas os meninos continuavam a abusar das irmãs”, disse a delegada.

As duas meninas e o garoto de 11 anos foram encaminhados para atendimento psicossocial na DPCA. Já o adolescente de 15 foi encaminhado à Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) e vai responder pelo ato infracional, uma vez que continuou a abusar das irmãs.

O padrasto das crianças teve a prisão preventiva decretada e será colocado sob custódia do sistema penitenciário estadual. A DPCA terá dez dias para concluir o inquérito.

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