Homem que matou mulher trans espancada é condenado a 4 anos, mas vai ficar solto
Réu foi sentenciado por homicídio doloso simples privilegiado e vai cumprir a pena em regime aberto
Juarez de Oliveira Souza, 56 anos, foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão pela morte de Rihanna, mulher trans assassinada no dia 20 de novembro de 2022, após uma discussão por venda de geladeira. O homem sentou no banco dos réus da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, nesta terça-feira (21).
Conforme divulgado na época, Rihanna morreu espancada por Juarez na esquina das ruas da Confiança com a das Laranjeiras, Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. O homem foi preso logo depois em um ponto de ônibus tentando fugir.
Em depoimento, Juarez contou que morava com Rihanna há oito dias, mas se conheciam há quatro meses. Ambos eram usuários de entorpecentes e teriam discutido por conta da venda de uma geladeira. O homem ainda relatou que a namorada estava com um pedaço de pau e ele apenas deu um golpe no pescoço dela para se defender e foi embora.
No entanto, vizinhos afirmaram à polícia que Juarez chegou a voltar na casa e deu mais três golpes em Rihanna, que foi encontrada inconsciente e morreu antes de o socorro chegar. O crime foi registrado como feminicídio e foi investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Hoje, Juarez sentou no banco dos réus e o Conselho de Sentença afastou as qualificadoras de motivo fútil e de feminicídio. Além disso, o grupo acolheu a tese de violenta emoção e com isso, Juarez foi condenado por homicídio doloso simples privilegiado. A sentença de 4 anos e seis meses em regime aberto foi assinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida.
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